‘Hasta la victoria siempre’ (“Até a vitória sempre”), na formulação completa: ‘Hasta la victoria siempre. Pátria o muerte’ (“Até a vitória sempre. Pátria ou Morte”) é uma famosa frase atribuída originariamente a Ernesto Che Guevara, que mais tarde se tornou o slogan político da esquerda revolucionária.
Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, 13 de agosto de 1926—Havana, 25 de novembro de 2016) foi um revolucionário cubano, principal líder da Revolução Cubana (1953-1959), primeiro-ministro de Cuba (1959-1976) e primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976-2008).
Até 2006 foi primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba.
Cuba é considerado um dos países com menor liberdade de imprensa do mundo.
Os seus governos foram e continuam sendo criticados pela comunidade internacional por violações aos direitos humanos.
Apesar das controvérsias, foi durante o governo de Castro que Cuba alcançou índices elevados de desenvolvimento humano e social, como a menor taxa de mortalidade infantil das Américas, erradicação do analfabetismo e da desnutrição infantil, tratamento gratuito de mais de 124 mil vítimas do acidente nuclear de Chernobil, participação direta na luta pelo fim do Apartheid na África do Sul, treino de médicos de Timor-Leste, entre outros.
Líder e secretário-geral do partido desde a sua fundação, em 1965, em 19 de abril de 2011, Fidel, que já havia entregue o cargo de presidente em 2006, foi substituído como secretário-geral do Partido Comunista Cubano pelo seu irmão, Raúl Castro, retirando-se oficialmente da vida política do país.
Ganhou o Prémio Olivo da Paz do Conselho Mundial da Paz em 2011 pela coexistência pacífica entre as nações e por ser uma personalidade que contribuiu para o desarmamento.
Castro nasceu fora do casamento na fazenda do seu pai, em 13 de agosto de 1926.
Seu pai, Ángel Castro y Argiz, foi um imigrante de Cuba a partir da Galiza, noroeste da Espanha.
O pai tornou-se um bem sucedido produtor de cana-de-açúcar na fazenda de Las Manacas, em Birán, Província do Oriente.
A sua mãe, Lina Ruz González foi a segunda esposa do seu pai. Juntos tiveram sete filhos, entre eles Fidel.
Com 6 anos de idade, Castro foi enviado para viver com seu professor, em Santiago de Cuba, antes de ser batizado na Igreja Católica Romana aos 8 anos.
Ser batizado habilitou Fidel a estudar no colégio La Salle, em Santiago, onde regularmente se comportava mal, e por isso foi enviado ao financiamento privado, a escola jesuíta Dolores, em Santiago.
Em 1945 transferiu-se para o colégio jesuíta mais prestigiado, El Colegio de Belén, em Havana.
Embora tivesse um interesse em história, geografia e debatido em Belén, Fidel não se destacou academicamente, em vez disso dedicou boa parte de seu tempo a praticar desporto.
Em 1945, Castro começou a estudar Direito na Universidade de Havana.
Na altura era “politicamente analfabeto” mas começou a envolver-se no ativismo estudantil.
Apaixonado por anti-imperialismo e opondo-se a intervenção dos Estados Unidos no Caribe, sem sucesso, fez campanha para a presidência da Federação de Estudantes Universitários (Federación Estudiantíl Universitaria -FEU) com uma plataforma de “honestidade, decência e justiça”.
Tornou-se crítico da corrupção e violência do governo do presidente Ramón Grau, com um discurso público sobre o assunto em novembro de 1946, que lhe valeu um lugar na primeira página de vários jornais.
Em 1947, Castro entrou para o Partido Socialista do Povo Cubano (Partido Ortodoxo), fundado pelo político veterano Eduardo Chibás. Uma figura carismática, Chibás defendeu a justiça social, o governo honesto, e liberdade política, enquanto que o seu partido estava exposto a corrupção e exigia reformas.
Apesar de Chibás perder a eleição, Castro permaneceu empenhado em trabalhar em seu nome.
A violência estudantil em Grau logo intensificou-se e Castro recebeu uma ameaça de morte instando-o a deixar a universidade. Recusou-se, começou a carregar uma arma e a cercar-se de amigos armados.
Depois de graduado, dedicou-se de modo especial à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo de Carlos Prío através do diário ‘Alerta’ e das emissoras Radio Álvarez e COCO e vinculou-se ao Partido do Povo Cubano (Ortodoxo) que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952.
O golpe de estado em 10 de março de 1952 por Fulgêncio Batista, ao qual Fidel condenou no diário ‘La Palabra’ e pretendeu levar aos tribunais, convenceu-o da necessidade de buscar novas formas de ação para transformar a sociedade cubana.
Nos dias que se seguiram ao golpe, imprimiu em mimeógrafo e distribuiu clandestinamente a sua denúncia. Uniu-se a jovens que editavam o periódico mimeografado clandestino, ‘Son los Mismos’, sugeriu a troca do seu nome pelo de ‘El Acusador’ e foi coeditor desse novo órgão, onde assinou os seus trabalhos apenas com o seu segundo nome, ‘Alejandro’. Este mesmo pseudônimo utilizaria mais tarde nas suas correspondências e mensagens.
Daquele grupo sairia o núcleo inicial de jovens que sob seu comando atacariam de assalto o Quartel Moncada em Santiago de Cuba e de Céspedes, (Bayamo) em 26 de julho de 1953 e fundaria depois o Movimento Revolucionário 26 de Julho (M-26-7).
Fonte: Wikipédia