Faz hoje 19 anos que a Constituição da República instituiu o dia da Língua Gestual Portuguesa para proteger e valorizar esta língua enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades.

Ana Cristina Vieira, aluna surda de 10.º ano da Francisco Franco, a escola de referência de ensino secundário para a educação bilingue de alunos surdos, refere que “a língua gestual é a forma de comunicação utilizada pela comunidade surda e por todas as pessoas que nela se inserem, sendo produzida a partir de movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais e corporais”.

“É muito específica, tem vocabulário e gramática própria e como qualquer língua tem de ser aprendida”, complementa.

A propósito deste dia, a jovem estudante de Artes Visuais da Escola Secundária de Francisco Franco desmitifica algumas ideias erróneas.

Não deve dizer-se ‘surdo-mudo’ mas surdo. Costuma dizer-se que o surdo não fala porque não ouve. A verdade, porém, é que, apesar de não conseguirem falar, muitos surdos emitem sons. Um surdo com uma elevada eficácia terapêutica e com muito treino pode desenvolver vocalizações, lembra.

A Língua Gestual é uma língua nacional. Cada país tem a sua, concluiu.