Decoração arrojada do Teatro Metaphora para o São Pedro realmente resultou

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No princípio, o Funchal Notícias até introduziu uma pequena nota algo irónica sobre estas curiosas decorações do São Pedro que estava a ser colocadas em Câmara de Lobos. Mas temos de reconhecer que o resultado final é muito bom. O colectivo ‘Teatro Metaphora’ introduziu uma decoração ambiente ao estilo steam-punk criada a partir de partes velhas e usadas de máquinas de lavar.

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Trata-se de 133 tambores que foram transformados em candeeiros com luzes de cores variadas, para iluminar a Rua São João de Deus durante as festas de São Pedro, no corrente ano.

Este projecto atrevido e inovador foi desenvolvido pelo Teatro Metaphora – Associação de Amigos das Artes, uma ONG sediada em Câmara de Lobos, e que conta com o apoio da Câmara Municipal. Segundo informação oriunda da mesma, o projecto em questão “tem um significado não só visual mas também ecológico, e procura consciencializar para o uso sustentável dos recursos, promovendo a reutilização de materiais”.

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Uma louvável intenção, principalmente quando o resultado é realmente positivo, como foi o caso. O conjunto funciona durante o dia quase como uma instalação artística, e à noite, vai efectivamente buscar o lado mais tradicional, nas luzes multicolores ligadas à comemoração dos santos populares, mas produzindo um efeito bonito, diferente e inovador.

As velhas máquinas de lavar foram recolhidas pelos voluntários do Teatro Metaphora durante um período de seis meses, informa o colectivo.

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“Muitas delas foram encontradas na rua, nos locais apropriados para depósito do lixo, e outras foram oferecidas por pessoas que já não as podiam utilizar por estarem estragadas. O plano inicial era decorar a rua com 100 tambores de máquinas, mas apesar desse limite, as máquinas continuaram a chegar”. Por isso, o total acabou por cifrar-se em mais de cento e trinta tambores.

^”O Teatro Metaphora gostaria de agradecer a todos os que contribuíram para este projecto e ajudaram a concretizar este desafio, dando vida a esta ideia”, conclui a ONG.