A inauguração do Lido fez-se em ambiente de festa e de muita cumplicidade entre governantes, autarcas e parlamentares. Não faltaram sorrisos, abraços e trocas de confidências e recordações passadas naquele espaço.
António Costa, Miguel Albuquerque e Paulo Cafôfo partilharam cumprimentos e selfies junto da população. Foram as estrelas da festas. Coincidiram até nos discursos e na visão estratégica para a cidade, a região e o país.
As diferenças políticas e as quezílias partidárias pareciam esquecidas e afastadas pelo vento de sudoeste que fez arrepiar folhas de discurso. Mesmo aquela farpa de Cafôfo de que recebera uma autarquia endividada até aos cabelos – 100 milhões de euros – não faria mossa no protocolo.
Embalado neste marulhar da pacificação, já o Estepilha deixava o local com a alma lavada quando se depara com a placa comemorativa descerrada momentos antes. E não é que Miguel Albuquerque, antecessor de Cafôfo na Câmara do Funchal e como tal também ele antigo promotor das obras, ficou de fora da memória futura do novo Lido?
Estepilha, parece coisa de pequenos do Clube do Bolinha – “PSD agora não entra!”
Terá sido o protocolo, um esquecimento, uma opção estética? Se calhar tem mesmo a ver com poupança. Querem ver que com menos uma letras e a autarquia consegue equilibrar as contas.