Hoje cumprimos um ano de existência. A data não será exactamente festiva, dadas as dificuldades e os obstáculos que se nos deparam. Não seria essa a palavra certa. Mas para nós tem, mesmo assim, um significado incontornável. O Funchal Notícias tem ainda muitas lutas pela frente, mas para trás deixou já doze meses de combates diários. Foi a 2 de Fevereiro de 2015 que um pequeno grupo de jornalistas madeirenses que tinham sido arredados das redacções, uns por despedimento, outros por reforma, outros porque foram impelidos a optar por uma outra carreira profissional, resolveram mostrar que esta profissão é mesmo um apostolado, como se diz, e que ainda tinham muito para dar à mesma.
Assim, meteram mãos à obra e, sem meios, armados apenas com a vontade e com o apoio imprescindível de um naipe de colaboradores, que têm sido inexcedíveis no suporte ao projecto – desde aqueles que aceitaram fazer parte do nosso painel de opinião aos que connosco colaboraram em matéria de informática, gráficos, cartoons e design – começaram a trilhar um custoso caminho.
Custoso, mas também gratificante, porque nos apercebemos, mesmo da nossa posição frágil, a todos os títulos, no panorama da comunicação social regional, de quão importante é a informação para a vivência plena da democracia. E de que o exercício dessa informação isenta e empenhada não é privilégio exclusivo de alguns. Certos profissionais do jornalismo que se queria esquecidos, têm ainda um contributo importante para dar à sociedade.,
Em doze meses, este jornal online que nos atrevemos a criar noticiou a actualidade diária, realizou reportagens, entrevistas com os principais protagonistas da vida política regional e não só, deu voz ao povo atingido pelo desemprego, pela crise, pelas agruras da velhice, pelo flagelo da droga e por muitos outros problemas.Alertou para anomalias, injustiças e reivindicações. Assinalou posições económicas, culturais, empresariais e políticas que marcam a sociedade e nos dizem respeito a todos.
Estamos conscientes de que muito mais tem de ser feito para melhorar. Dos nossos erros e fraquezas. Desculpamo-nos se nem sempre conseguimos corresponder à qualidade que os leitores esperam de nós. Mas continuamos convictos de que fizemos algo de valor. E acreditamos que esse valor pode vir a aumentar com o tempo. Dependemos de quem nos lê, de quem em nós quer apostar em termos publicitários ou outros, de quem nos acarinha. Esperamos poder continuar a contar com o apreço de todos, sem querer fazer concorrência a ninguém.
Convidamos todos os madeirenses, a viver na ilha e na diáspora, a acompanhar-nos nesta jornada, quiçá louca, talvez arrojada, certamente um pouco atrevida. Precisamos do vosso apoio para crescer e melhorar.
A todos cumprimentamos e agradecemos. Bem hajam.