Albuquerque: Governo está a apostar nos mercados turísticos, inglês, francês e nacional

wpid-20151029_092205.jpg

Miguel Albuquerque acaba de responder, no parlamento regional, a várias questões que lhe foram colocadas pelos deputados. Nomeadamente, sobre qual a estratégia concreta para o turismo, em termos de plano estratégico. É que, como disse o deputado centrista Rui Barreto, não se sabe bem qual é: estamos numa “navegação à vista” .
As complicações relativas ao subsídio de mobilidade foram também colocadas ao presidente do Governo: o que se pretende fazer no que concerne à estimular a vinda de mais um operador para a linha aérea entre o continente e a região.
Finalmente, os constantes atrasos na vinda do avião cargueiro para operar entre Lisboa e o Funchal foram assacados ao presidente , que dela fez bandeira.
O JPP, pela voz de Élvio Sousa, interpelou também Albuquerque sobre a troca da Madeira por Canárias, pelo operador maritimo Aida, que se recusou a atracar no novo cais de cruzeiros, que custou 23 milhões de euros…
Albuquerque não se furtou às perguntas: afirmou que a estratégia do turismo está plasmada no programa de Governo, aprovado na Assembleia, e que assenta na requalificação do produto Madeira, com um trabalho de estímulo da procura, e na valorização da identidade do que nos é singular, nomeadamente a “natureza, o mar e a cultura” .
O chefe do Executivo madeirense diz que o seu governo está a realizar uma promoção eficaz baseada nas novas tecnologias da Internet e das redes sociais. As escolhas dos destinos são hoje frequentemente determinadas pela informação colhida desta maneira, disse.
Deu como exemplo a introdução de imagens da Madeira no site do futebolista Cristiano Ronaldo, que obtiveram 15 milhões de visualizações.
Miguel Albuquerque acrescentou que se está a apostar no mercado inglês e francês, além de no mercado nacional. E que tem estratégia para recuperar o mercado escandinavo.
O Governo fará tudo o que for possível para trazer uma nova companhia para a linha entre o continente e a Madeira, esperando que tal aconteça ainda em Novembro, mas isso depende de se conseguir encher os aviões, realisticamente. Há negociações a decorrer com a Transavia, informou aliás.
Sobre os atrasos do avião cargueiro, frisou que o Governo não fez nenhum protocolo, pois trata-se de uma iniciativa privada, e garantiu estar crente de que estará operacional em breve. Se tal não se verificar, admitiu que poderá abrir um concurso para o avião, se a iniciativa privada falhar.
Relativamente ao cais de cruzeiros, manteve a sua posição de quando era edil funchalense: o cais nunca devia ter sido feito, ou foi decididamente mal feito. Mas não muda de opinião.
A opinião favorável da Presidente da APRAM, com a qual foi confrontado, é dela e de mais ninguém, disse. Ela veio do Governo anterior, disse e eu “não faço saneamentos políticos”, declarou.
Confrontado por Ricardo Lume, CDU, com outras questões como a situação difícil dos trabalhadores da hotelaria, sujeitos a chantagens patronais naquele que tem sido um dos melhores períodos para a hotelaria da Madeira, sublinhou o carácter social democrata do seu governo, e a preocupação simultânea com a competitividade das empresas e a situação dos trabalhadores, que tem em grande consideração, sublinhou.