(*Com LC)
Segundo a agência Lusa, no final da reunião que teve lugar esta manhã entre Passos Coelho e Cavaco Silva, o líder do PSD disse que informou o Presidente da República das diligências feitas para estabelecer condições de governabilidade, salientando que compete ao chefe de Estado indigitar o primeiro-ministro de acordo com a sua “avaliação e julgamento”.
“Vim informar o senhor Presidente da República das diligências que fiz com vista a criar condições de estabilidade e de governabilidade no país, dado que presido ao partido mais votado nas últimas eleições”, declarou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, no final de uma audiência de aproximadamente de 50 minutos com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
Lembrando que Cavaco Silva lhe tinha pedido que “fizesse diligências com vista a criar condições para uma solução de governabilidade no país”, Passos Coelho anunciou que agora está nas mãos do Presidente da República indigitar o futuro primeiro-ministro depois de auscultar os partidos políticos e “de acordo também com aquilo que será a sua avaliação e o seu julgamento”.
Este encontro aconteceu um dia antes de o chefe de Estado começar a receber os partidos políticos que elegeram deputados nas legislativas de 4 de outubro.
A Constituição da República determina que o primeiro-ministro é “nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.
A coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as legislativas de 04 de outubro, no entanto, sem maioria absoluta, obtendo 107 mandatos (89 do PSD e 18 do CDS-PP). O PS, por sua vez, elegeu 86 deputados, o BE 19, a CDU 17 (dois do PEV e 15 do PCP) e o PAN conseguiu eleger 1 deputado.