O historiador e professor universitário Nelson Veríssimo, que contamos na lista dos nossos colaboradores de opinião, apresentou hoje, nas primeiras horas da madrugada, na sua página do Facebook a notícia de que será candidato, pelo partido Juntos Pelo Povo, à Assembleia da República nas próximas legislativas nacionais. Veríssimo, que sempre foi uma personalidade atenta e com observações pertinentes e acutilantes não só sobre a vida cultural mas também sobre a vida política, vem assim explicar as razões da sua adesão ao projecto que se implementou em Santa Cruz, pela via autárquica, e que acabou por chegar, por via das últimas legislativas regionais, a uma afirmação junto do eleitorado madeirense que poucos antecipariam, conseguindo eleger um grupo parlamentar na Assembleia Legislativa Regional e obtendo um lugar de destaque sob os holofotes da comunicação social.
Num texto intitulado ‘Candidato pela JPP à Assembleia da República’, Nelson Veríssimo explica: “Tendo desde o 25 de Abril procurado estar distante das lógicas das filiações partidárias, não deixei, porém, de acompanhar o processo político com a devida atenção e preocupação. Em textos publicados ficaram várias reflexões e notas sobre valores e projectos que as circunstâncias motivavam e a consciência cívica ditava. Agora, quase no final de uma carreira profissional, construída a pulso com muita dedicação e trabalho, considerei ser altura de apresentar-me ao sufrágio popular para as eleições à Assembleia da República nas listas do Juntos Pelo Povo (JPP), partido político cuja actividade tenho acompanhado desde a sua formação e até anteriormente, enquanto movimento de cidadãos empenhados na construção de alternativas credíveis nas autarquias santacruzenses”.
Veríssimo dá as suas razões para a adesão ao projecto: diz que acredita nos valores da cidadania democrática e no JPP como partido que cultiva uma relação de proximidade com os cidadãos, para ouvir e esclarecer, mas também resolver problemas fundamentais.
Mais acrescenta considerar que o JPP obterá uma efectiva representatividade popular na Assembleia da República, assumindo os seus candidatos os respectivos mandatos com exclusividade e tratando, numa perspectiva real, os verdadeiros problemas do povo português; e prossegue considerando que a política deve contar com a experiência dos cidadãos que, pelos seus ideais e projectos, se predispõem a disputar a confiança dos eleitores, sem propósitos de transformação do seu mandato ou funções numa carreira profissional.
Para além disto, Veríssimo entende que na presente conjuntura, Portugal e a RAM em particular “beneficiarão do contributo diverso de personalidades não anteriormente comprometidas com as decisões políticas, que conduziram Portugal à situação difícil dos dias de hoje, e que se mostram seriamente empenhadas na promoção do bem-estar das populações e na defesa da soberania da Nação Portuguesa”.
