Como tantos outros, é um imóvel que é propriedade da Diocese do Funchal. Da sua história, destaca-se o antigo Seminário Diocesano do Funchal e as instalações provisórias da Escola Bartolomeu Perestrelo.

Depois de tantos habitantes e de múltiplas histórias, o prédio fechou as portas e degrada-se silenciosamente na Rua de Santa Luzia.  Da parte da Igreja, o habitual silêncio. Se tem planos, ninguém os conhece. Da parte dos investidores, o mesmo silêncio.

Segundo reza o Elucidário Madeirense, o edifício, datado de 1909, foi mandado construir na cerca do extinto Convento da Encarnação pelo bispo da Diocese do Funchal, D. Manuel Agostinho Barreto. Após a implantação da República, em 1910, o Estado chamou a si a propriedade do imóvel, deixando de lá funcionar o Seminário. Só em outubro de 1933, é que o Seminário pôde voltar a funcionar na casa que D. Manuel Agostinho Barreto mandara construir, e aí se manteve até 1974. De 1976 até 2004, aqui funcionou a Escola Básica Bartolomeu Perestrelo, onde muitos jovens desta Região fizeram os seus estudos básicos. Com a nova sede deste estabelecimento de ensino, o imóvel ficou entregue a si próprio.

Parece óbvio que a Diocese não tem liquidez para levar a cabo as necessitadas e dispendiosas obras de restauro e o imóvel continua a ser mais uma das muitas relíquias da nossa história sem futuro à vista. Curiosamente, há tantos fundos comunitários para a formação e para o investimento empresarial e a componente sócio-cultural teima em ficar esquecida.