PS diz que acordos em curso são só para “manter tachos”

O presidente do PS-Madeira diz-se “apreensivo” com os acordos que estão a ser ultimados para formar o próximo Governo Regional. Para o mesmo, a prioridade dos ditos acordos são “manter tachos” e não resolver problemas dos madeirenses.

Sérgio Gonçalves falava esta manhã, à saída de uma audiência com o Representante da República para a Madeira, no âmbito da auscultação dos partidos sobre a próxima composição parlamentar e formação do novo Governo.

“Demos nota da nossa preocupação com os acordos que estão a ser feitos, que parecem ser mais importantes para manter lugares e manter-se no poder do que para resolver os grandes problemas que a Madeira tem”, declarou o socialista.

Destacou, a respeito, a instabilidade relativamente à presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, um caso que, em seu entender, vem evidenciar que, como havia afirmado durante a campanha, “a alternativa com soluções era o PS” e que a dispersão de votos por partidos mais pequenos levaria a soluções governativas semelhantes àquela que tinha ocorrido em 2019. Conforme tinha alertado, “esta instabilidade que pode ser criada não é favorável à Região”.

Sérgio Gonçalves criticou ainda Miguel Albuquerque que ontem mesmo disse que “os políticos não são santos” e “admitiu que mentiu aos madeirenses” quando afirmou que se demitia caso não tivesse maioria absoluta, apenas para colocar pressão sobre o eleitorado.

“Não posso concordar, de forma alguma, com essa posição. Acho que os políticos têm de ser sérios, têm de apresentar soluções para os problemas das populações, têm de servir as populações e não mentir ou tentar enganar apenas para obter resultados eleitorais”, reparou.

O presidente do PS reforçou a sua preocupação pelo facto de este acordo de incidência parlamentar não estar focado em questões como o custo de vida, a necessária redução de impostos, a construção de mais habitação e a resolução dos problemas de acesso à saúde.