No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, a Câmara Municipal do Funchal (CMF) colocou hoje em funcionamento um novo sistema semafórico, no cruzamento do Caminho das Virtudes com a Rua das Virtudes e Rua 4 de Abril, como medida de “acalmia de tráfego”, refere uma nota camarária.

O vereador com os pelouros do trânsito e mobilidade, Bruno Pereira, declarou que se pretende baixar a velocidade média nos arruamentos e, dessa forma, diminuir a sinistralidade rodoviária. A CMF irá colocar também um novo sistema semafórico na Avenida D. Teodoro Faria com a Rua da Bolívia, cujo objectivo, neste caso, é proteger o peão.

“Atendendo que é uma via de 4 faixas, em que no sentido descendente se atinge uma grande velocidade, a autarquia pretende através da semaforização proteger o peão numa passadeira onde infelizmente já aconteceram alguns acidentes graves”, referiu o autarca.

O autarca revelou  que no primeiro trimestre de 2023, houve, na Madeira, um aumento de 20% do numero de acidentes com intervenção policial comparado ao período homologo de 2022, segundo dados oficiais da Policia de Segurança Pública.

Os dados do Funchal não são diferentes, diz Bruno Pereira que considera um número significativo “porque estamos a comparar já fora da pandemia, dados de 2022 como de 2023, e os acidentes continuam a aumentar, como também o número de feridos e de mortos que resultam destes acidentes”.

Daí, realçar, que é uma obrigação de todos, entidades responsáveis pelas vias, criarem sinalização e semaforização diminuindo os acidentes, sendo que é também uma responsabilidade dos automobilistas ir adequando a velocidade àquela que é permitida pelo Código de Estrada e, também, adequar a velocidade às condições meteorológicas.

Bruno Pereira disse ainda que num futuro próximo, serão colocados semáforos na Avenida Sá Carneiro.

“Existe uma passadeira, em frente a um estabelecimento de diversão nocturno, que passa por 4 faixas de rodagem, duas no sentido para Câmara de Lobos e duas no sentido para o Funchal, que é uma passadeira perigosa onde têm existido vários acidentes e nós vamos implementar um sistema de semaforização naquela zona, garantindo dessa forma maior segurança”, declarou.

Bruno Pereira admite que a semaforização é um “processo técnico muito complexo” e que, por mais medições que se possa fazer antecipadamente, ver aquilo que são os fluxos principais, a contagem das vias, que muitas vezes funciona numa lógica de tentativa-erro, exigindo ajustes.

Deu cmo exemplo o que aconteceu com a colocação dos semáforos atrás da Escola Secundária Francisco Franco, em que se fizeram criticas quando entrou em funcionamento, mas depois feitas as alterações da programação de forma a se ajustar àquela realidade, as pessoas habituaram-se, assegurou.