Sérgio Gonçalves veio garantir que, com o PS no Governo Regional, “serão adoptadas medidas concretas para promover a mobilidade sustentável na Região e para combater o caos que se verifica no trânsito e no estacionamento nalguns locais de maior densidade populacional e nos principais pontos turísticos da Região”.

O presidente do PS-M, numa iniciativa de contacto com a população na zona da Ajuda, considerou que estes são assuntos que têm sido desvalorizados e até ignorados pelo Governo Regional, com consequências graves para a qualidade de vida das pessoas, para o ordenamento do território e para o próprio meio ambiente.

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas regionais garante, por isso, que o “futuro governo socialista na Região irá proceder à actualização e efectiva concretização do Plano de Acção da Mobilidade Urbana Sustentável”.

Este instrumento foi aprovado em 2019, mas, desde então, “o Governo Regional só tem, à semelhança do que acontece com outros sectores de actividade, promovido as medidas que assentam no betão e que alimentam um modelo de desenvolvimento desigual e injusto, que ignora as vulnerabilidades das pessoas e do território”.

Sérgio Gonçalves lamenta que as soluções que poderiam resolver os problemas de que os madeirenses e os turistas se queixam, como o congestionamento do tráfego e o estacionamento em locais de maior circulação e afluência, ou a falta de atratividade dos transportes colectivos, continuem sem aplicação prática.

“Mudar a Madeira implica também mudar a lista de prioridades deste Governo caduco, trazendo a mobilidade sustentável para a linha da frente”, afirma.

Quando é cada vez mais visível o caos no tráfego automóvel e no estacionamento nos pontos turísticos mais visitados, Sérgio Gonçalves considera inadmissível a inércia governativa e a inexistência de medidas e de uma estratégia para combater este problema.

“O Governo Regional continua a ignorar os alertas, as evidências e até os riscos previsíveis, como ainda ontem se verificou com um incêndio provocado pela explosão de uma viatura num local de muita afluência e com uma saída que rapidamente fica bloqueada em caso de interrupção da circulação”, advertiu.

O presidente do PS referiu que há já mais de duas décadas que vêm sendo emitidas preocupações sobre esta matéria, sem que o Governo Regional tenha qualquer iniciativa eficiente para prevenir e resolver o problema, lembrando que, já em 1999, quando a Floresta Laurissilva foi reconhecida como Património Natural Mundial, a UNESCO alertou para a importância da protecção do bem natural devido aos impactos do turismo na natureza, considerando que a capacidade de carga deveria ser calculada e deveriam ser implementadas medidas de segurança e infraestruturas de estacionamento.

“Passados quase 25 anos, os problemas não só se mantêm, como se agravaram”, acusou.

O GR, disse, “desenrasca estacionamentos em terra batida com impactos ambientais e paisagísticos que nunca admitiria a qualquer outro promotor”, isto sem esquecer a falta de segurança para os utilizadores de percursos sobrelotados e sem escapatórias em caso de ocorrências.

No tocante à mobilidade turística, o líder socialista pretende implementar medidas para controlar os acessos aos principais pontos turísticos, livres ou com transportes colectivos, gratuitos apenas para residentes, e ordenar o estacionamento junto aos locais de interesse turístico, afirma.