“Queremos uma cidade desenvolvida, informatizada, preparada para as novas tecnologias”, afirmou hoje o edil funchalense, na abertura da conferência intitulada “Mobilidade Urbana Sustentável: a tecnologia ao serviço do futuro!” que decorreu esta tarde, na Sala da Assembleia Municipal.
A Iniciativa, que decorreu integrada na Semana da Mobilidade, registou a participação de um “painel de especialistas na área da mobilidade”, visando apresentar as acções que têm sido implementadas com vista a uma melhor gestão da mobilidade nas cidades e dar a conhecer as estratégias, de cariz tecnológico, que são utilizadas.
“Pedimos a colaboração de várias entidades que nos estão a ajudar na definição de politicas de sustentabilidade e mobilidade “, referiu Pedro Calado, apontando a implementação do novo sistema da semaforização que vai ajudar a contagem correcta da circulação automóvel na cidade, permitindo uma estatística quantitativa, que deverá servir para definir o modelo e o planeamento dos ciclos de tráfego da cidade.
Calado disse que a RAM tem mais de 180 mil viaturas em circulação, das quais mais de 120 mil circulam no concelho do Funchal. O presidente da autarquia defende uma cidade menos poluída, não obstante alertar que existe ainda “muita relutância” em utilizar os transportes públicos.
“Temos mais de 12 milhões de passageiros transportados, representando um crescimento de 4%”, salientou.
Por outro lado, o presidente da autarquia apontou para o facto de se registar no primeiro semestre deste ano a venda, cinco vezes mais, de viaturas usadas, ou seja, mais poluentes, lembrando que há mecanismos de apoio do Governo Regional que incentivam à aquisição de viaturas eléctricas e ao abate de viaturas em fim de vida.
O município do Funchal está a introduzir mecanismos para incentivar as pessoas à utilização de espaços públicos não cobrados e não taxados destinados a viaturas eléctricas, afirma.
Quanto à utilização de trotinetes na cidade, diz não estar contra, contudo, avisa que a sua utilização deve respeitar todas as regras de trânsito e segurança.
Pedro Calado terminou a intervenção dizendo: “A autarquia do Funchal vai continuar a sua politica de mobilidade sustentável sem ser fundamentalista em padrões europeus. Vamos privilegiar a livre circulação de automóveis e de pessoas, apostando em veículos menos poluentes, mas não vamos entrar em histerismos colectivos de conceitos ambientais e teóricos que podem ser muito pertinentes numa grande capital europeia com cinco vezes a nossa dimensão, mas que não se adequam ao Funchal”.