PCP entende que a guerra não serve de pretexto para a especulação

O PCP realizou recentemente um jantar/comício no Restaurante Encumeada, no concelho da Ribeira Brava, no qual participaram mais de 400 participantes, numa iniciativa que comemora o 101º aniversário do PCP.
Nas intervenções políticas, Duarte Martins, em representação da JCP, para além da colocação dos problemas da juventude nesta Região, afirmou que “não adianta arranjar bodes expiatórios para desculpas” para que os governantes adiem as soluções para os graves problemas humanos e sociais.
Se antes era a epidemia Covid, agora é a guerra: A culpa era do Covid, não havia trabalho,, havia a precariedade, não havia habitação, não havia possibilidades de ingressar na universidade, a juventude nada podia por causa do Covid-19 eis que agora a culpa é da guerra”.
Edgar Silva, Coordenador Regional, disse por seu turno que “a pretexto da guerra, está em curso um golpe. O golpe da especulação! O golpe consiste no aproveitamento de toda a situação internacional para fazer subir preços em relação a produtos que foram adquiridos muito antes da guerra. Os produtos já estavam em stock, já estavam armazenados por meses, e estão a ser comercializados a preços que não param de subir”.
Ainda a este propósito afirmou Edgar Silva: “O golpe que está em curso faz com que, a pretexto da guerra, o capital garanta lucros colossais. Assim, os capitalistas beneficiam com a guerra. Os capitalistas lucram, e muito, com a guerra. Pelo contrário, a vida dos trabalhadores, dos reformados sofre duramente e estas são as vítimas de um brutal ataque contra os direitos e às condições de vida”.
Face a todos estes impactos do aumento dos preços e perante as manobras da  especulação, disse Edgar Silva, que “o PCP apela aos trabalhadores e às populações que se mobilizem, que façam ouvir a sua indignação e protesto contra o aumento do custo de vida”.