O JPP manifestou recentemente o seu “firme protesto sobre a inadmissível escalada do preço dos combustíveis na Região e sobre consequente inércia do Governo nesta escalada”. Palavras de Rafael Nunes, proferidas no parlamento regional
O vice-presidente do grupo parlamentar do JPP recordou as palavras do secretário regional da Economia, Rui Barreto, há umas semanas, quando este referiu que o preço dos combustíveis iria baixar, uma vez que seria alterada a fórmula de cálculo dos valores máximos de venda.
“A verdade é que esta fórmula de Rui Barreto foi um mero paliativo e não resolveu os problemas de fundo desta situação que é de facto a estrutura dos impostos sobre os combustíveis e o resultado está à vista de todos”, reiterou.
“A fórmula mágica de Rui Barreto falhou em toda a linha e os madeirenses e porto-santenses continuam a ser dos portugueses que mais pagam pelos combustíveis”, destacou o deputado.
“Contas feitas, são cerca de 50 milhões de euros que saíram dos bolsos dos madeirenses em 2021 face a 2020. E é necessário que se repita que este Governo Regional, desde que tomou posse em 2015, nunca conseguiu colmatar esta escalada nos valores dos preços dos combustíveis”, reforçou.
Esta é uma situação que não pode ser justificada “com o contexto internacional e com o valor do barril”, refere o deputado pois, “o mesmo valor do barril faz repercute-se de forma diferente nos Açores e na Madeira”.
“Um açoriano paga menos 9 euros para encher um depósito a gasolina e menos 5 euros se for um depósito a gasóleo do que um madeirense. Isto é inadmissível e o JPP não pode admitir”.
Para o deputado, o Governo Regional da Madeira “continua a jogar areia para os olhos dos madeirenses, continua a dizer que não há margem para baixar o preço dos combustíveis, mas a verdade é que existe essa possibilidade”, destacou.
Rafael Nunes lembrou que o JPP já propôs a redução do preço dos combustíveis, bem como do IVA, o que permitiria a baixa “do valor dos combustíveis bem como de outros produtos consumidos pelos madeirenses”, contudo “iniciativas que mereceram o chumbo da maioria parlamentar PSD/CDS”.
O Vice-presidente recordou o agravamento do IVA para 22%, com a aplicação do Plano de Assistência Financeira que a Madeira teve de assumir, “situação que se mantém pela dívida astronómica deixada pelos sucessivos governos PSD na Região”.
“Temos dos combustíveis mais caros do País e continuamos a ser duplamente penalizados, quer pela subida de impostos quer pela intransigência de uma maioria absoluta PSD/CDS que se recusa a baixar os impostos na Região e a não aceitar a vinda de gasolineiras low cost para Região”, salientou.
“O JPP continuará a pressionar o Governo para garantir este alívio aos madeirenses”, afirmou.