Sérgio Gonçalves quer fazer do PS uma alternativa viável no Governo da Madeira

O candidato à presidência do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, apresentou a moção de estratégia global ‘Pela Madeira, Competência e Compromisso’, no sábado, 12 de Fevereiro, no Fórum Machico.

Sérgio Gonçalves referiu, na oportunidade, que a sua candidatura à liderança do PS-M visa a afirmação do partido como “a verdadeira alternativa de governo para a Região Autónoma da Madeira”. Uma alternativa que, explicou, será feita “de soluções para fazer face aos problemas que a Madeira tem enfrentado e que decorrem da má governação, das más decisões e das más opções políticas do Governo PSD ao longo das últimas décadas”.

O candidato único à liderança do PS-M garantiu que o partido está preparado para liderar essa alternativa.

“A proposta que o PS apresenta aos madeirenses é uma proposta de compromisso para alterarmos este paradigma de desenvolvimento, porque a Madeira não pode continuar a ser a região com a mais elevada taxa de risco de pobreza e com o menor poder de compra do País, onde quase 90% dos trabalhadores têm um salário médio idêntico ao salário mínimo regional”, sustentou.

O candidato opinou que nos próximos anos a Região enfrentará grandes desafios aos níveis demográfico, da coesão, do combate às desigualdades e decorrentes da sua condição ultraperiférica, que provocam maiores restrições em termos de mobilidade e de continuidade territorial. Garantiu que o PS “irá apresentar as soluções adequadas às necessidades da Madeira e dos madeirenses”. Aproveitou, também, para criticar o Governo Regional por continuar com o seu “estilo autoritário” a tomar decisões de forma unilateral e a fazer com que a Madeira não tenha o crescimento e o desenvolvimento económico e social que todos os madeirenses merecem.

A par do desenvolvimento de políticas de proximidade com a população, que permitam responder às reais necessidades das famílias e das empresas, o candidato apontou também desafios internos para o partido, de modo a alargar a sua base de competências, algo que passa pela valorização do quadro de militantes, mas também pelo crescimento do partido, com a introdução de novas pessoas que, estando na sociedade civil, manifestam o apoio a este projecto.

Por seu turno, Ricardo Franco, edil machiquense, destacou a política de proximidade que tem vindo a ser seguida pelas autarquias socialistas, no caso particular a de Machico, que já vem liderando ao longo de três mandatos.

“Os nossos adversários ficam incomodados, porque tentamos ao máximo resolver os problemas das pessoas”, afirmou.

Ricardo Franco aproveitou para acusar o Governo Regional de estar de costas voltadas para as autarquias que não são do PSD. Afirmou que, até hoje, a edilidade a que preside não recebeu nenhum apoio do Executivo madeirense e criticou a discriminação e a forma “autoritária, arrogante e prepotente com que o Governo Regional dirige os destinos desta terra”. “Nós em Machico não nos agachamos a ninguém, muito menos ao PSD e ao Governo Regional”, declarou.

Já Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, apontou a necessidade de fazer acontecer uma mudança política na Madeira, tendo em conta que a realidade decorrente de mais de 40 anos de governação do PSD já ultrapassou os limites do razoável.