Na manhã de hoje, no parlamento regional, Élvio Sousa recordou a garantia de Miguel Albuquerque, dada a 12 de Novembro do ano transacto, de que “as taxas aeroportuárias dos aeroportos da Região, as mais caras ao nível nacional, seriam revistas no prazo máximo de dois meses, afirmando especificamente, em declarações à RTP, que tal aconteceria “dentro de um mês a dois meses”.
Passados mais de dois meses, e sem qualquer alteração, “questiona-se a Miguel Albuquerque onde paira esse compromisso garantido à população, de baixar as taxas?”, questionou o líder parlamentar do JPP.
Segundo este deputado, a situação prejudica, “ainda mais, a débil economia regional, penalizando o destino, o turismo, a atracção de mais rotas e companhias aéreas e o próprio custo de vida das empresas e das famílias”.
“Daqui se depreende que Miguel Albuquerque não cumpre com a palavra dada à população: levanta expectativas de boa-nova, mas, no fundo, fica mudo e subserviente às ordens emanadas dos grandes grupos de interesse”, sublinhou.
Para Élvio Sousa, mais grave se torna quando estas afirmações “foram proferidas dias depois da Comissão Executiva da ANA (grupo VINCI) deliberar subir os preços as taxas aeroportuárias praticadas nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, um aumento médio de 1,18%, ou seja, um aumento médio de 14 cêntimos”.
“À custa disso as infraestruturas da ilha da Madeira e do Porto Santo são os aeroportos mais caros da rede de aeroportos nacionais geridos pela Vinci. Mais uma taxa sobre a economia e sobre a população”, frisou este parlamentar.
Entretanto, Élvio Sousa estranha que o “secretário Eduardo Jesus esteja mudo e calado sobre esta matéria”, pois “quando as taxas se mantiveram inalteradas correu para os «diários» a informar que os compromissos estavam a ser integralmente cumpridos. Mas quando o grupo Vinci deliberou aumentar as taxas aeroportuárias, mais 14 cêntimos do que em 2021, tem andado calado e subserviente com esta situação lesiva à competitividade da economia regional”, realçou.
“Recordamos que, em 2017, o secretário regional Eduardo Jesus afirmou o seguinte: «Existe um compromisso que temos vindo a acompanhar no que toca à redução dessas mesmas taxas na Madeira, por convergência às praticadas em Lisboa, o qual tem sido cumprido ano após ano», menorizando o facto de que o objetivo do acordo era reduzir as taxas aeroportuárias da Madeira até atingirem os valores do Aeroporto de Lisboa e não o contrário”.
“Cinco anos depois, reina o silêncio por aqueles lados”, concluiu.