Bloco de Esquerda quer mais investimento em habitação pública

O Bloco de Esquerda realizou hoje uma acção política em São Martinho, “uma das zonas mais caras da cidade do Funchal”, onde Luísa Santos afirmou que “as cidades não podem ser só para morarem os ricos. Todos devemos ter acesso à habitação condigna.”

Depois da pandemia, referem os bloquistas, Portugal foi um dos países da zona euro onde o preço das casas mais subiu, comparativamente ao rendimento médio das pessoas. “Os preços e aluguer das casas não estão ao alcance da grande maioria dos rendimentos dos portugueses e madeirenses,” afirma a candidata às próximas legislativas nacionais.

Para o BE, um dos grandes impulsionadores desta subida acentuada do preço da habitação tem sido, sem dúvida, os Vistos Gold.

O próprio Conselho Económico e Social (CES) culpabiliza os vistos Gold por este facto, dizendo até que: mais vistos Gold, menos bebés em Portugal.  “Os vistos Gold são os grandes responsáveis pelo aumento do preço das casas”, disse Luísa Santos.

Com o apoio do Bloco de Esquerda, “foi aprovada a Lei de Bases da Habitação, que embora represente um grande avanço, 2 anos depois nada foi ainda concretizado. Só 2% das casas em Portugal pertencem ao Estado, quando a média europeia é de 15%”, acrescentou.

Para o Bloco, o “o Estado tem de agir para contrariar este facto. Os jovens não conseguem sair de casa com estes preços exorbitantes. Os casais não conseguem alugar ou comprar uma casa maior para aumentar o número de filhos ou até ter o primeiro. Aqui na ilha, durante a pandemia, ouvimos dos representantes da Saúde que as casas dos madeirenses contribuíram para que houvesse mais infeções entre os residentes da mesma casa. A nossa questão é simples: Como é que vamos ter casas maiores considerando a pressão imobiliária que faz com que dispare o valor das casas tornando-as inacessíveis à maioria dos trabalhadores?”

O Bloco de Esquerda propõe que “o Governo invista urgentemente na construção ou reabilitação de novos alojamentos para aumentar o parque público de casas integradas na cidade. Transformar edifícios habitacionais abandonados/devolutos em habitação pública”.