Rui Marote
Estepilha! – O verbo “roubar” foi conjugado nesta capela em todas as formas. Bonito… quando restam somente paredes, membros da sociedade civil batem no peito, fazem “mea culpa” e propõem-se “salvar” a capela.
Foram vários os chamados “saqueadores”, ao longo da História… Exemplo, os vikings, saqueadores pagãos que atacavam sem piedade as igrejas cristãs e matavam monges indefesos… Cá na Madeira nem precisamos deles. Temos os nossos próprios “saqueadores”, alguns dos quais se intitulam eles mesmos cristãos…
A 10 de Maio de 2017, o Funchal Notícias, na rubrica Crónica Urbana, denunciava: “Governo Compra Arte Sacra “Saqueada” de Capela Nunca Classificada. Na altura
lembrávamos que a DRAC, a quem compete classificar o património, enfrentou muitos obstáculos porque a capela era privada. Ver link abaixo:
Entretanto, enquanto as atenções se centram na capela de Nossa Senhora da Saúde, onde já só restam as paredes, ninguém se preocupa com outra capela, a de São Paulo na Rua da Carreira, pelo que continuamos a assistir à morte lenta da memória de um dos locais mais antigos do Funchal, conforme já sublinhado pelo historiador Nelson Veríssimo.
A nossa conclusão é que tudo isto acabará em breve como o tão falado espólio de António Aragão, depois de um leilão que se apregoou a venda de 30%,e do negócio falhado com a Câmara para aquisição, a solução viável segundo o herdeiro “para a Pátria Madeira honrar o seu nome de Cidadão António Aragão era aquisição pelo Governo”. E foi sempre assim de Herodes para Pilatos e o dito espólio foi-se…
