Teófilo Cunha estuda possibilidade de GR exportar pescado por via aérea

O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, reuniu-se hoje por videoconferência com o presidente do consórcio Madeira Air Integrated Solution, António Beirão, tendo em vista avaliar a possibilidade de o Governo Regional exportar novos produtos de pesca por via aérea. A ideia é eliminar constrangimentos e barreiras aeroportuárias e aéreas que dificultam o aumento da exportação de produtos regionais oriundos da aquacultura e da pesca da Madeira para o território do continente e outros países, refere uma nota da supracitada Secretaria.

A empresa que trabalha em parceria com a Swiftair, detentora de mais de 100 aviões, assegura o transporte de carga aérea entre a Madeira e Lisboa, tendo reforçado em 25%, em plena pandemia, a capacidade de carga, refere o GR. Para este desempenho contribuíram as cerca de 800 toneladas de dourada da Madeira exportadas para o mercado nacional.

Teófilo Cunha pretende valorizar comercialmente os produtos da pesca regional, e nesse sentido tem reunido com diversas entidades para com elas encontrar soluções que permitam iniciar a exportação de novas espécies, entre elas o atum rabilho, que em Londres ou no Japão, por exemplo, atingem valores altos.

Para isso, a Região, as empresas e os operadores regionais do sector precisam de se reorganizar, alterar práticas e encetar o processo de certificação de “exportador autorizado”, que se traduz numa cadeira de processos de higiene e segurança alimentar que garante “peixe fresco e com elevado grau de qualidade”, sublinhou o governante.

O presidente do consórcio assegurou ao titular de Mar e Pescas que “o acordo firmado entre o Governo Regional e a empresa prevê o desenvolvimento do mercado para além do continental” porque a Madeira Air, através do parceiro Swiftair, “permite ao produtor/exportador madeirense colocar os seus produtos em todo o mundo”.

António Beirão apontou o sucesso do transporte aéreo da dourada da Madeira como um exemplo da experiência da empresa para a exportação de outros produtos regionais como o atum rabilho.

Para além da certificação já referida, existem questões aeroportuárias que têm de ser corrigidas e ultrapassadas para que alguns sectores produtivos da região possam crescer com o mercado da exportação, refere a SRMP.