Dez dias depois, a propaganda política conspurca ainda a paisagem…

Rui Marote

Estepilha, decorridos 10 dias da realização do congresso socialista no Madeira Tecnopólo, as ruas próximas do local continuam decoradas com pendões de cariz partidário nos postes de iluminação. Isto recordou-nos como caiu em desuso aquele valor ensinado no escutismo, deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos. Valores hoje ultrapassados. Cada um que se desenrasque, ou melhor, quem vem a seguir que feche a porta.

Os partidos, supõe-se, deviam dar o exemplo. São os seus deputados que, nos parlamentos, redigem as leis. Mas já para cumpri-las, são todos farinha do mesmo saco.

Os (maus) exemplos estão bem patentes da parte de todas as forças políticas. No centro do Funchal, em rotundas e nos acessos a vias rápidas, é usual manterem-se cartazes durante longo tempo. Às vezes quase davam para as próximas eleições, como se aquele espaço público, assim conspurcado, pertencesse aos partidos políticos, que apregoam sempre que são defensores do ambiente e da paisagem.