CS Madeira desvaloriza concentração de pessoas no Rali da Calheta e diz que imagem divulgada “é ilusória”

Num comunicado enviado pela Direcção do Club Sports Madeira à comunicação, José Paulo Fontes afirma que a segurança foi uma constante no Rali da Calheta, “apesar de circular nas redes sociais uma fotografia, também, posteriormente publicada nos jornais diários, e onde, existe uma grande concentração de pessoas, aparentemente e ilusoriamente, sem respeito pelo distanciamento social”. A Direcção do Madeira afirma que “a muito badalada imagem, foi tirada numa perspectiva que não representa a realidade. No local os espectadores estavam dispersos, em patamares e degraus, em varandas a diferentes cotas, respeitando, o distanciamento entre grupos e famílias e grande parte, usando protecção facial”.

O Rali da Calheta, refere-se, “foi um sucesso em termos desportivos e disputado na máxima segurança, para espectadores e concorrentes.  Na estrada foram tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança do imenso público que se deslocou ao concelho da Calheta e houve muita competição e árdua luta, pela vitória na geral e nos troféus e grupos”.

Além do mais, refere o CSMadeira, tratando-se de uma competição aberta, ao ar livre, tal permitiu que “as pessoas se colocassem em centenas de curvas, garantido o distanciamento social, respeitando as recomendações da organização e cumprindo as recomendações das autoridades de saúde pública”.

Nas provas especiais de classificação, acrescenta-se, “houve um redobrado controlo, com várias passagens de viaturas de segurança que foram monitorizando e informando a Direcção de Prova das condições de segurança, da colocação do público e do respeito e acolhimento das normas sanitárias e de distanciamento social e físico”.

“Não vamos afirmar que estava tudo bem, mas há um claro aproveitamento mediático dum local onde se concentrou muito público – em anos anteriores de não pandemia, seria uma excelente imagem, não só pelo número de pessoas, como pelo exemplo da sua colocação – para fazer insinuações de descontrolo das regras sanitárias e daí para comparações, indevidas e inoportunas, de forma a sustentar outro tipo de interesses comerciais”, refere Paulo Fontes.

Este responsável reafirma que o público estava num espaço aberto e de lazer, para assistir à passagem dos concorrentes, durante o final da manhã e inicio da tarde de sábado, e não num espaço confinado, fechado, destinado ao divertimento, confraternização e socialização e ao consumo de bebidas.

A Organização da Prova, refere-se ainda, não factura nada, com muito ou pouco, público. “Está preocupada, isso sim, por oferecer um grande espectáculo desportivo, muito competitivo duma modalidade que, uma vez mais, se provou ser do agrado de muitos madeirenses que foram responsáveis por um fim de semana, com certeza inesquecível, para os empresários de hotelaria e restauração do Concelho da Calheta”.

“A Comissão Organizadora e a Câmara Municipal da Calheta, durante os dias que antecederam o rali e no decorrer da prova, alertaram e sensibilizaram os espectadores para o cumprimento das orientações das Autoridades de Saúde, e para as normas especificas, para este tipo de evento desportivo, aprovadas no Plano de Contingência da Prova, e tendo sido distribuídos 15.000 folhetos de segurança, contactados os moradores e os párocos das diversas freguesias, que deram um forte apoio e colaboração na divulgação do evento  e, particularmente, das normas sanitárias e de segurança. Foi ainda publicado, um suplemento num dos jornais locais e uma página de publicidade paga, com mensagens de segurança, dirigidas a todos os que desejavam, e foram muitos, assistir ao rali, apelando à sua responsabilidade, auto-disciplina e higienização pessoal”, continua o comunicado.

“Houve alguns pequenos acidentes, normais neste tipo de competições, mas dos quais não resultaram quaisquer ferimentos, em espectadores, havendo apenas ligeiros ferimentos na dupla de pilotos Paulo Mendes e Roberto Figueira, a quem endereçamos votos de rápida recuperação e regresso aos ralis. Estamos de consciência tranquila que tudo fizemos para que o rali decorresse dentro da máxima segurança para espectadores e concorrentes. É pois, necessário que assumamos as nossas responsabilidades, uma vez que somos, todos nós, agentes de saúde pública. E os madeirenses sabem que podem contar sempre com a nossa atitude responsável”, garante a instituição desportiva da Avenida Arriaga.

Numa altura em que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, alertou para cuidados a ter com a manutenção de regras sanitárias no Rali Vinho Madeira que se avizinha, a Direcção do Madeira afirma desejar “que o Rali Vinho da Madeira seja mais um momento marcante nesta fase de desconfinamento na Região Autónoma da Madeira”, e contar com todos “para que numa atitude responsável e de alto sentido cívico, sejamos agentes de saúde publica, contribuindo para debelar esta pandemia do COVID-19 e não colocarmos em causa a realização do Rali Vinho da Madeira 2020”.

“O Rali não é do Madeira! É da Madeira!”, conclui a nota enviada às Redacções.