Aglomerações para o Rali da Calheta geram polémica nas redes sociais

Imagens como esta, captadas no âmbito da prova automobilística do Rali da Calheta, estão a gerar consideráveis partilhas e muita discussão nas redes sociais. A concentração de população sem distanciamento social nem uso de máscaras numa altura em que a pandemia da Covid-19 já matou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo e em que em todo o planeta surgem milhões e milhões de infectados está a preocupar. Inclusive, há também empresários da restauração e da noite que invocam o que se vê em imagens como estas para questionar uma aparente dualidade de critérios das autoridades no modo como fiscalizam ajuntamentos de pessoas.

O facto é que, seja na via pública seja para frequentar determinados espaços de diversão, ainda há muita gente que não se preocupa com a Covid-19. E, se o medo e o pânico não são certamente bons conselheiros e tem obrigatoriamente de haver retoma económica, sob pena de os madeirenses caírem no desemprego e na fome, também não é menos verdade que não parece haver justificação para comportamentos tão irreflectidos como os que se têm visto. Vários países europeus temem uma segunda vaga e o aumento de casos em regiões como a Catalunha já levaram as autoridades a pedir às pessoas que não saiam de casa senão para o que for estritamente necessário.

Em contra-ciclo, na Madeira, numa altura em que se abrem os aeroportos (se bem que com fiscalização pela Unidade de Rastreio) e em que começamos a receber voos provenientes da Grã-Bretanha, um dos países do Velho Continente onde a situação é mais gravosa e menos controlada, muitas pessoas não parecem cientes da ameaça colocada pelo novo coronavírus e comportam-se, quiçá por cansaço e fastio, como se a pandemia já tivesse acabado.

Não acabou, e importa tê-lo bem presente…