O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, visitou hoje uma exploração agrícola na Ribeira Brava e posteriormente esteve na obra de recuperação da Levada do Monte Medonho, no Paul da Serra. Referindo-se à exploração agrícola, considerou-a um caso exemplar, um investimento de uma jovem licenciada e “profissional da Sétima Arte”, ou seja, o cinema, que “não tem nenhum problema em “assumir o seu papel na agricultura, mas uma agricultura profissional, já feita com os apoios do PRODERAM, tendo uma base tecnológica, para venda e para subsistência dela e da família”. Um negócio que “tem corrido bem” e que contribui para dissolver, segundo o chefe do Executivo, um “estigma” existente até recentemente em relação à agricultura, mas que se tem vindo a esbater com as subsequentes apostas de jovens empresários no sector primário.
A jovem empresária “fez um curso intensivo e rápido na Escola Agrícola da Madeira” e, armada com essa preparação, aventurou-se no investimento no sector.
Na oportunidade, Albuquerque aproveitou para garantir que “a banana da Madeira tem cada vez maior procura”, tendo 2019 sido um bom ano para esta fruta. Cerca de 20 mil toneladas foram exportadas pela GESBA.
“A ideia é continuarmos a fazer a melhoria da qualidade da banana da Madeira. Daí a importância do investimento que estamos a fazer no Centro de Experimentação da Banana, no Lugar de Baixo”, defendeu.
Miguel Albuquerque, falando dos investimentos no concelho, disse ainda ter feito uma aposta com o presidente Ricardo Nascimento, “e acho que vamos ganhá-la”, afirmou. Nomeadamente, a revitalização da frente de mar da Ribeira Brava. Estava a ser menos promovida do que acontece por exemplo na Ponta do Sol e na Calheta, mas com a nova promenade entre a Ribeira Brava e a Tabua, a recuperação do cais e outras obras, pretende-se fazer com que já este Verão surja um novo pólo de atractividade.
Entretanto, e na obra de recuperação da levada do Monte Medonho, o chefe do Executivo salientou a importância da mesma em termos patrimoniais e de serviço de água aos regantes da zona alta da Tabua e da Ribeira Brava, em número de cerca de 600.
O canal registava, segundo os registos da ARM, cerca de 30% de perdas, mas a levada está a ser totalmente recuperada (faltam cerca de 6 km numa extensão de quase 10), representando um investimento de dois milhões e oitocentos mil euros, que é para continuar.
“Vamos continuar a fazer a recuperação destas redes e canais”. A reabilitação das levadas tem muita importância, declarou, não só para a agricultura, mas também do ponto de vista turístico.