Ao Funchal Notícias chegaram denúncias sobre uma situação, no mínimo, caricata. Um cidadão deslocou-se ao Hospital Particular da Madeira para exames e, ao pagar, foi confrontado com o pedido de uma quantia de 7 euros e meio para, alegadamente, pagar o kit de segurança usado pelo médico, nestes tempos de pandemia do Covid-19, agora numa fase mais contida mas ainda a exigir cuidados. O cidadão em questão, devidamente identificado e contactado por nós, confirmou a situação, que aliás divulgou nas redes sociais, e questionou o absurdo do caso. Considerou que os médicos do privado, “já privilegiados em termos remuneratórios”, não têm ponta por onde se lhe pegue para pedir aos clientes que lhes paguem o equipamento. Questionando a legalidade da medida, considerou-a pelo menos “imoral” e um exemplo do “capitalismo de rédea solta, no seu melhor”.

Ainda por cima, contou-nos, o mesmo aconteceu a uma pessoa sua conhecida, mas por um valor ligeiramente diferente, seis euros. Ou seja, ironiza o cidadão penalizado, “aparentemente a quantia a determinar pelo dito kit de segurança depende do médico”. A prática, aparentemente, está a ser implementada também em outros hospitais privados do continente. Na Região, pelos vistos, este modelo também começa a dar os primeiros passos. Inclusive, tivemos a informação de que há médicos dentistas que estão a cobrar até 10 euros pelo mesmo motivo.