ALRAM defende discussão sobre Círculo de Compensação Nacional nas Legislativas

A Comissão Permanente da Assembleia Legislativa da Madeira deu, esta manhã, parecer sobre quatro Projectos de Lei que propõem a introdução de um círculo de compensação nas eleições legislativas para a Assembleia da República.

Os diplomas da iniciativa Liberal, do Livre, do Bloco de Esquerda e do PAN visam diminuir o número de votos desperdiçados, em cada um dos círculos eleitorais existentes, que, nas últimas legislativas, terão sido cerca de 750 mil, informa-se.

“A futura legislatura da Assembleia Legislativa da Madeira deverá participar e acompanhar de forma atenta a revisão da lei eleitoral à Assembleia da República, como garantia do aprofundamento da autonomia político-administrativa das regiões autónomas, bem como do alargamento da participação democrática dos cidadãos, o desenvolvimento económico e social e a promoção e a defesa dos interesses regionais”, pode ler-se no parecer emanado.

O presidente do Parlamento madeirense aclarou que o “parecer vai no sentido de haver uma discussão alargada sobre a matéria, mas sendo essencial que na mesma não resulte uma redução do número de deputados eleitos pelos círculos das Regiões Autónomas”, salientando que “uma futura alteração da Lei Eleitoral deve assegurar uma representatividade mínima das Regiões insulares, de 6 deputados”, para cada arquipélago, disse José Manuel Rodrigues.

“Nesse sentido, somos de parecer que o objecto desta iniciativa deve suscitar uma discussão concertada de todos os partidos políticos, esperando que esta proposta possa desencadear esse processo no qual esta Assembleia terá, necessariamente, de participar e acompanhar”, conclui o documento enviado à Assembleia da República.

O parecer foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, do PS, do JPP, do CDS-PP e do PAN e contou com a abstenção do BE e do PCP. O CHEGA e a Iniciativa Liberal não participaram na reunião.

A Comissão Permanente aprovou, também, por unanimidade, um Voto de Pesar pelo falecimento do antigo deputado Rui Nepomuceno, proposto pelo PCP.

A Comissão Permanente é um órgão parlamentar que funciona fora do período da atividade efectiva da Assembleia Legislativa ou quando esta se encontra dissolvida, como acontece actualmente. É presidido pelo presidente da Assembleia e composto, ainda, pelos vice-presidentes e pelo deputado indicado por cada um dos partidos, refere uma nota da ALRAM.

Os deputados indicados por cada dos partidos têm na Comissão Permanente um número de votos igual ao número de deputados que representam.