Corrida aos supermercados já começou na Madeira: medo do coronavírus é altamente infeccioso

Fotos: Rui Marote

Já começou a corrida aos supermercados na Madeira. Mais infeccioso do que o novo coronavírus, talvez, é o medo e, consequentemente, o “assalto” às grandes superfícies para abastecer a casa de comida está na ordem do dia. O movimento é notório e os empregados não têm mãos a medir, havendo mesmo já prateleiras vazias. O pânico surge na mente de quem entende que a ilha ficará completamente isolada, na sequência do anúncio, por parte do Governo Regional, de determinadas medidas de prevenção e contenção e, consequentemente, há quem encha carrinhas inteiras com bens essenciais. Não falta quem amontoe também nos carrinhos rolos e rolos de papel higiénico, não vá ele faltar.

A atitude não vai ao encontro das recomendações da Direcção Geral de Saúde, que pedia que não se fosse loucamente ao supermercado em busca de bens e mais bens alimentícios, mas que se, preferencialmente, se optasse por abastecer “na horta do vizinho”. Mas, de facto, perante declarações tão ridículas da parte de entidades oficiais, fica a dúvida sobre quem faz melhor. Em todo o caso, os funcionários dos supermercados vão garantindo que não irão faltar bens a quem deles necessite. E algumas pessoas mais avisadas vão aconselhando amigos e familiares a não se deixarem contagiar pela espiral da paranóia, pois arriscam-se a ter de deitar para o lixo muitos quilos de produtos adquiridos, e entretanto não consumidos, quer porque o prazo terá entretanto passado, quer porque se estragaram…

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