Exposição de quimonos japoneses a partir de 7 de Fevereiro na Casa da Cultura de Câmara de Lobos

A Casa da Cultura de Câmara de Lobos apresenta no próximo dia 7 de Fevereiro, pelas 10h30, uma exposição pouco habitual, e que é susceptível de despertar a curiosidade do público madeirense: trata-se da mostra “Japanese Kimono Art” da coleccionadora britânica Maggie Healey. A exposição tem entrada livre e ficará patente ao público até ao dia 13 de Março.

A inauguração da exposição contará com tradução simultânea tradução, para português, das histórias narradas, pela coleccionadora, sobre os quimonos expostos e um momento de demonstração da arte de vestir esta peça de roupa tradicional japonesa.

2Esta iniciativa acontece após uma visita a Câmara de Lobos, feita por Maggie Healy, que ficou encantada com a beleza da cidade dando azo a esta exposição que une a Madeira e o Japão, através da linguagem estética e histórica dos quimonos”, refere uma nota.

O actual significado da palavra quimono tem origem no século XVI, quando os navegantes ocidentais – principalmente portugueses, espanhóis e holandeses – chegaram ao Japão. Nos primeiros contactos com os japoneses, sem conhecerem os idiomas de uns e de outros, os ocidentais perguntavam com mímicas e gestos, qual era o nome das roupas de seda que viam os japoneses usarem, e os japoneses respondiam quimono, “coisa que se veste”.

A coleccionadora Maggie Healy, cresceu em Londres e desde cedo demonstrou interesse pelo mundo da moda, chegando a criar, na sua adolescência, peças inspiradas nos padrões psicadélicos da “Op Art. A sua paixão pelo vestuário e pelos têxteis fez com que prosseguisse uma carreira de 10 anos, como compradora de moda para o retalhista britânico Marks and Spencer. Ingressou no Ensino Superior em Psicologia obtendo o grau de mestre na área.

Foi a chegada de um quimono, enviado por um parente do Japão, que suscitou em Maggie Healey, a curiosidade e interesse por esta cultura milenar. Através de ligações familiares, a sua colecção de quimonos e antiguidades cresceu, juntamente com o seu gosto por têxteis tradicionais e pelo requinte do artesanato japonês, refere a autarquia camaralobense.

Em 2005, mudou-se para o Sul de França. A sua casa tornou-se num local multicultural, uma fusão entre a cultura japonesa e a europeia, com um ambiente propício para as suas palestras privadas e exposições.

Iniciou um projecto denominado “Fusion Group”, inspirando designers locais a trabalhar com tecidos de quimonos vintage, corn a criação de novos modelos e padrões que se associam ao estilo de vida ocidental.

Tornou-se especialista em quimonos vintage e o seu trabalho é reconhecido internacionalmente. A sua primeira exposição pública, “Kimono et Encre”, teve lugar em 2018 na Gallerie Poulet de Gruissan, em França, em colaboração com a artista, Ayuko Miyakawa, especialista em caligrafia japonesa.

Maggie Healey, visitou pela primeira vez a Madeira em 2018. Fascinada com a beleza pitoresca desta região adquiriu cá uma residência.

Segundo a coleccionador, o objetivo da exposição “Japanese Kimono Art” que estará patente na Casa da Cultura de Câmara de Lobos, passa por compartilhar o significado da arte e design presente em cada quimono exposto.