Com Rui Marote
Não é uma situação nova, é recorrente sempre que há períodos de “ponta” em termos de cartazes turísticos da Madeira. Só que juntando os condicionalismos do Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo aos preços das passagens, o destino torna-se escaldante do ponto de vista da imprevisibilidade e dos custos +para quem nos visita.
Num momento em que estão já cancelados várias dezenas de voos, em função do mau tempo que está a atingir o arquipélado da Madeira, o debate retoma alguma aceleração do ponto de vista das dificuldades de um destino que vive do turismo e que, não raras vezes, confronta-se com situações imprevisíveis para a Região, no que toca aos ventos e os limites impostos em nome da segurança dos passageiros, ponto intocável patra garantir a confiança no destino.
Hoje, quando estamos a pouco mais de três semanas do final do ano, a Região confronta-se com a possibilidade de ver reduzido o turismo para esta época considerada alta, sendo que vários hoteleiros já demonstraram a sua preocupação pelo risco que correm em termos de níveis de ocupação, que podem não atingir os dados que um final de ano sempre proporcionou.
Os ventos e os custos das passagens são, por isso, determinantes. A “estreia” do que seria o turnaround no porto do Funchal, com o cancelamento da operação por parte do operador TUI e do comandante do navio Mein Schiff Hez, que saiu mais cedo do porto do Funchal, representa um exemplo de como a Região poder perder com situações do género, para mais em época cheia.
Nas passagens, é o “suplício” e nos primeiros três dias de janeiro, regressar a Lisboa pode representar, neste momento, só na ida, a dispensa de 341, 404, 451, 448 e 495 euros na easyJet e 304 (5 da manhã do dia 1 de janeiro), 345, 472 e 514 euros na TAP. Uma verdadeira viagem de hora e meia a preço de ouro, à qual naturalmente que há a juntar o preço da vinda, em muitos casos idêntico a estes que resultaram de uma pesquisa.
Um Funchal-Porto, no dia 1, tem preços desde 423,28 e 295,27. E para garantir o regresso, quem marca neste momento, terá forçosamente de enfrentar escalas que podem ultrapassar os 800 euros se implicar, por exemplo, desvios por Londres e Dublin, meramente a título de exemplo levado ao limite da solução alternativa face ao escasso número de lugares disponíveis.