Sara Madruga evocou ontem “vitória” social-democrata no apoio às artes na Madeira

Os deputados do PSD na Assembleia da República reuniram-se ontem no antigo Ateneu, com candidatos madeirenses ao Programa Nacional de Apoio Sustentado 2020-2021. “É bom relembrar que os artistas madeirenses só conseguem candidatar-se, a partir de 2017, graças à intervenção do PSD na Assembleia da República”, afirmou Sara Madruga da Costa.

“Felizmente, conseguimos uma grande vitória e pela primeira vez os artistas madeirenses foram abrangidos nestes apoios nacionais e na internacionalização, disse. “Nós, durante dois anos, andámos a fazer um trabalho de pressão junto da Ministra da Cultura para fazer perceber que o país é um todo e as duas regiões autónomas não poderiam ficar de fora destas candidaturas. Conseguimos essa importante vitória”.

Ainda assim, apesar disto Sara Madruga da Costa salienta que “há ainda um longo caminho a percorrer”, nomeadamente no reforço de verbas. “O que ficámos a saber nesta reunião com dois candidatos ao programa de Apoio Sustentado para 2020-2021 foi que, infelizmente, as verbas que são atribuídas à Madeira ainda são insuficientes”, salientou.

Segundo a deputada, está atribuída à Madeira apenas 40 mil euros neste programa (2020/2021), quando, por exemplo, para o Algarve foi atribuído 150 mil euros. Uma questão que o PSD vai levar à Ministra da Cultura, no sentido de se perceber qual é o critério utilizado que justifica a disparidade de verbas nas diversas zonas do país.

“É bom relembrar que estamos a falar de apoios nacionais para um conjunto grande de modalidades, que vão desde as artes visuais, ao teatro, ao cinema, e também de um apoio muito importante à internacionalização”, sublinhou Sara Madruga da Costa, lembrando o investimento que tem sido feito na Região nesta área e a grande qualidade” da produção cultural regional.

Além disso, o processo de candidatura, através da plataforma, “continua a ser muito burocrático”, com muitas dificuldades sentidas pelos artistas em adicionar os documentos exigidos.

No ano passado, foram três os contemplados neste programa: A associação Dançando com a Diferença, que recebeu 120 mil euros, o Madeira Dig, que recebeu 40 mil euros e a Porta 33, que recebeu cerca de 140 mil euros.