Novo bispo do Funchal diz que seguiu o chamamento do Senhor

O novo bispo do Funchal, D. Nuno Brás, como é habitual, escreveu a 21 de janeiro último, no órgão de informação do Patriarcado, jornal “Voz da Verdade”.

Na sua crónica, na rubrica intitulada “Na tua palavra” (in verbo tuo é o seu lema episcopal) reflectiu sobre a vocação.

“Como percebemos a vocação, o chamamento de Deus?”, perguntou.

“A primeira resposta é a de que não existem modos feitos, acabados e facilmente perceptíveis que o Senhor usa para passar e chamar. Trata-se de algo pessoal, único. E, por isso, é necessário discernimento para distinguir a verdade ou a invenção do chamamento – isso é o tempo de Seminário: um longo tempo, que se impõe pela seriedade da missão.

Para muitos, no início está simplesmente uma disponibilidade e um caminho percorrido e a percorrer, que começa a fazer sentido e a impor-se como evidência, no contexto de uma comunidade cristã. Mas para muitos outros foi um acontecimento, um modo de ver, num determinado dia, bem concreto, uma palavra que nos foi dirigida e que, primeiro sem nos apercebermos e, depois, com clareza, interpela a nossa generosidade. Por entre o caminho, como que a marcar etapas, o temor e a confiança: o temor de não sermos capazes, a confiança que nos vem do Senhor e da Sua Presença.

Há dias, o Senhor passou uma vez mais por mim: “Está disponível para ser Bispo do Funchal?” – foi-me perguntado. Confiei no discernimento que outros fizeram, que o Sucessor de Pedro fez, e que podia eu dizer, se não erguer-me e seguir o Senhor?”, escreveu.

Recorde-se a tomada de posse é a 17 de fevereiro, na Sé do Funchal.