PS-M reafirma críticas ao Governo Regional PSD em matéria de saúde

O grupo parlamentar socialista na Assembleia Legislativa da Madeira veio hoje comentar as declarações do secretário-geral do PSD, Rui Abreu, proferidas ontem num comunicado no qual criticava bastante a bancada parlamentar socialista, relativamente às declarações proferidas pela deputada Sofia Canha.

Os socialistas reafirmam que o Governo PSD não fez da saúde dos madeirenses uma prioridade, antes pelo contrário, “quando existe uma sistemática renovação negativa, com demissões em catadupa em diversos serviços e quando, em três anos, tivemos 3 Secretários Regionais”.

Por outro lado, a nota de imprensa remetida às Redacções pelo PS-M diz que “a instabilidade vivida, as carências financeiras, a falta de profissionais, a sobrecarga de trabalho, as lacunas em diversos serviços são apanágio da incompetência governativa, que nesta área, é demais evidente aos olhos de todos os Madeirenses”.

Acrescentam ainda que em política não há assuntos tabus. “A saúde é demasiado importante para ser ignorada e por isso não é, nem será ignorada pelo PS que, desde o início, se tem batido para que se implementem soluções que resolvam os problemas”.

“Este governo recebeu 16 000 madeirenses em listas de espera para cirurgia e neste momento temos mais 2000 utentes, totalizando mais de 18 000 utentes nesta situação, como é fácil constatar pelos dados do SESARAM”, sentencia o PS.

“A situação tem vindo a agravar-se e, por essa razão, cada vez mais madeirenses são encaminhados para o continente, for falta de capacidade clínica na Madeira. Não vemos o serviço Nacional de saúde a encaminhar doentes para a Madeira, nem vemos médicos madeirenses irem para Lisboa colmatar falhas nos serviços públicos de saúde, mas em sentido contrário temos visto médicos a vir cá e utentes a irem tratar-se no Serviços de saúde do continente”, apontam os socialistas.

Além disso, acrescentam, “o Governo da Madeira gasta mais em saúde para piores resultados do que a nível nacional, como o próprio reconhece. Este argumento demonstra a incapacidade política e revela que, apesar de todo o dinheiro aplicado não conseguimos ter um serviço de saúde melhor do que a nível nacional”.

O PS cumprimenta os profissionais, “desde médicos, passando pelo pessoal de enfermagem, técnicos, auxiliares etc. que de forma profissional e humanista têm colmatado as insuficiências do sistema”.