O CDS Santa Cruz pretende que as levadas do concelho sejam uma mais-valia turística, e quer que o valor patrimonial das mesmas seja reconhecido pelas entidades competentes e que estas estruturas sejam devidamente protegidas, correctamente recuperadas e adequadamente geridas em termos ambientais, económicos, turísticos e, sobretudo, como herança cultural.

Na ilha da Madeira, relembram os centristas, a origem das levadas deveu-se à necessidade de trazer grandes quantidades de água das vertentes orientadas a norte, onde abunda, para o lado sul da ilha, de mais fácil habitação e onde se situaram desde sempre a maioria das plantações, nomeadamente de cana-de-açúcar.

As levadas começaram a ser construídas no século XVI, e as mais recentes datam da década de 1940, fornecendo água para centrais hidroeléctricas e também para fins de irrigação.

O CDS Santa Cruz considera que o propósito de as elevar a Património Mundial pela UNESCO “foi ultrapassado e adiado pelo facto de a nossa Laurissilva ter conquistado esse galardão (merecidamente), atrasando o reconhecimento de tais belezas naturais que cada vez mais, atraem mais turistas”.

No sentido menos positivo, os centristas constataram em visita a algumas levadas no concelho que “há “poços” com a profundidade de mais ou menos dois metros, tapados perigosamente com alguns paus, disfarçando um perigo”. Há ainda “árvores mortas caídas atravessando-se nas estreitas passagens”.