De acordo com comunicado governamental (e no seguimento da informação registada na semana passada, de que três funcionárias da Escola Secundária do Porto Santo teriam sentido um mal-estar alegadamente causado por amianto, e que as teria obrigado a deslocarem-se ao Centro de Saúde local) na sequência de uma inspecção realizada pela empresa que está a efectuar as obras da nova infraestrutura escolar, a Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas (SREI) garantiu hoje que as medições do nível de fibras de amianto no interior e entrada da cantina, executadas a 12 de Julho, dia em que, efectivamente, foram removidas as placas deste material, demonstram que o resultado calculado de frequência por cm3 é de 0,000, conforme plasmado num relatório que foi enviado à comunicação social.
“Independentemente da tentativa de aproveitamento político de alguns partidos, a SREI assegura que a retirada de amianto está a ser executada por uma empresa devidamente certificada para o efeito, e que esta cumpre todos os requisitos e procedimentos aos quais está obrigada, não havendo por isso qualquer motivo para preocupação ou alarme”, garante a nota.
O relatório foi apresentado pela empresa “Controle de Risco – Consultadoria Especializada no Controle de Amianto”, para o Consórcio Tecnovia Madeira. O dito documento relata a monitorização de exposição a amianto, durante várias fases da remoção de cobertura de fibrocimento com este material considerado nocivo.
“Todos os resultados são inferiores ao V,L.E, e [.Q., por consequência, a exposição pessoal e ambiental não foram significativas”, refere o relatório. “O L.Q. é o valor estatístico qual determina com confiança o resultado. Tipicamente resultados inferiores são considerados como exposições não significativas e também é utilizado como valor padrão para determinar se o espaço é salubre para ocupação.
Os resultados estão bem dentro dos padrões expectáveis para este tipo de trabalho e por isso, são satisfatórios em relação ao
limite legal que consta noDL266I2OO7. Em relação aos testes (extra âmbito da contratação) no interior e entrada da cantina, similarmente as concentrações são bastante inferiores a níveis significativos e são mais comparáveis a valores de fundo ambiental, dado que o meio ambiente, especialmente urbano ou semi-urbano contém tipicamente amianto a concentrações aproximadas a 0,001 fibras/cm3”, explica o documento.