Os deputados do PCP estiveram hoje na freguesia da Camacha, no âmbito das iniciativas de “parlamento aberto” que tem vindo a realizar em várias localidades da Região, para melhor se inteirarem da realidade socioeconómica daquela localidade.
Segundo referem, a Camacha vem acusando uma população cada vez mais envelhecida, pelo que importa encontrar respostas a curto prazo para esta população, nomeadamente através da criação de lares nas suas proximidades e redes de voluntariado dirigidas especialmente a estas pessoas.
Em contrapartida, os jovens, cada vez em menor número, não encontram resposta às necessidades de emprego, pela falta de serviços e actividades económicas capazes de empregabilidade e de cativação de jovens na freguesia. No âmbito da criação de serviços e apostas económicas, esta é uma freguesia com grande potencialidade no turismo, nomeadamente no ecoturismo, e neste contexto importa preservar e classificar o sítio dos Salgados como paisagem protegida, dizem os comunistas.
Esta, consideram, é uma freguesia com grande riqueza cultural, patrimonial e etnográfica, dispondo mesmo de instrumentos e equipamentos culturais que poderiam ainda ser melhor dinamizados e maximizados na sua capacidade. Poderia mesmo ser uma das maiores, senão a maior referência cultural da Região, e uma forte alternativa cultural ao Funchal, durante todo o ano, no que respeita a eventos culturais, afirma o PCP.
O PCP defende mesmo a criação de um Plano Municipal para a Cultura, e de um Conselho Municipal da cultura, onde todos os movimentos associativos de criação artística e cultural tenham assento, e onde estejam melhor definidos os critérios de atribuição dos apoios, refere uma nota de imprensa.
No âmbito dos transportes públicos e colectivos, são várias as queixas dos populares desta freguesia no que respeita ao número de carreiras, insuficientes para a população e a horários que não dão a melhor resposta aos residentes desta localidade, diz-se.
Faltam equipamentos públicos e sociais de proximidade nesta freguesia, nomeadamente uma esquadra de polícia que lhe foi retirada, posto de correios e instituições bancárias públicas.
“Os bairros sociais carecem de diversas intervenções, nomeadamente nos seus equipamentos quer no exterior quer no interior, sobretudo o bairro da Nogueira sob tutela do IHM, cuja a reactivação da escola, encerrada há alguns anos, já foi inclusivamente prometida pela tutela regional”, refere comunicado de imprensa.
A acrescer ao exposto, há ainda nesta freguesia sítios onde, o saneamento básico não corresponde aos requerimentos elementares habitacionais e ambientais das sociedades dos nossos dias.