Rali Vinho Madeira precisa de 600 mil euros e outra garantia de transportes para voltar ao topo

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Avaliação mediática do Rali Vinho Madeira foi de cerca de 600 mil euros, o dobro do apoio do Governo. “Investimento justificado”, diz Paulo Fontes.

A organização do Rali Vinho Madeira veio a público revelar os dados de uma monitorização que mandou fazer, através da “Press Power”, que “mede” o alcance da prova. E a conclusão foi esta: o Rali teve um impacto mediático de cerca de 600 mil euros,  só a nível regional.

Paulo Fontes, em conferência de imprensa, referiu mesmo que, para aprova regressar a patamares mais elevados necessitaria de um investimento de 600 mil euros e outras garantias de transportes, mostrando-se esperançado que a situação do ferry “possa estar resolvida em breve” e lembrou também, em jeito de brincadeira, que o atual vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, se sagrou vencedor do RVM 2017, como co-piloto de Alexandre Camacho, naquele que pode ser interpretado como um “piscar de olhos” ao homem das Finanças do governo de Albuquerque, que tem vindo a registar presença assídua no mundo dos ralis.

Mas pensar nesses objetivos para 2018, reconhece, “seria muito difícil, mas poderia ser uma boa preparação para, em 2019, comemorarmos em grande os 60 anos do Rali Vinho Madeira, com um regresso ao Campeonato da Europa”, confessou.

O número de 600 mil euros é mesmo apontado por Paulo Fontes como o equivalente “ao dobro da comparticipação do Governo Regional com o rali, por isso, já está mais do que justificado o investimento. Foram publicadas 1049 notícias sobre o evento, o que demonstra o seu impacto a nível regional, a nível extermo e também organizativo, respondendo ao grande objetivo de promover a Madeira”.

Relatório dos observadores FIA e FPAK positivo

Quanto ao relatório da FIA, sobre a 58.ª edição do RVM, a organização salientou “22 pontos classificados como muito bons e 79 acima da média e apenas um ponto negativo, relativo a uma câmara da RTP-Madeira colocada num local considerado pouco seguro”.

E tendo em conta que os parâmetros avaliados são os mesmos de um campeonato da Europa ou do Mundo, “só é pena que este relatório já não tenha o peso, como já teve, de colocar as provas em outros campeonatos”.

Em jeito de balanço, Paulo Fontes recordou que, independentemente do patamar onde está atualmente inserida, “voltamos a mostrar um excelente nível organizativo, com retorno económico para  Região e com grande cobertura mediática, tivemos uma prova competitiva, com muita luta pelo primeiro lugar e em várias classes, registando-se uma grande adesão de pilotos, inclusivamente a nível internacional e, como habitualmente, com muito público a assistir”.