Os funcionários do Serviço Regional de Saúde da Madeira estão sem seguro de trabalho há meses, situação que segundo o responsável pela Ordem dos Médicos na Região “configura um ato anormal e preocupante”, além de que, como diz, “se estivessemos perante uma empresa privada, esta teria forçosamente que cumprir com o que está estabelecido por lei”.

Aquilo que parece normal em qualquer empresa, um seguro de acidentes de trabalho para os seus funcionários, não o é, aparentemente, no SESARAM. Pedro Freitas já alertou o conselho de administração, fez algumas observações relativamente às consequências desse procedimento, acabando por receber, como garantia, uma solução para breve.

Tomásia Alves, presidente do conselho de administração do SESARAM, terá mesmo argumentado com o facto do Hospital garantir assistência, médica e medicamentosa, aos seus funcionários, mas essa garantia não é suficiente para Pedro Freitas, que recusa ” a existência de um compromisso verbal de solução como forma de salvaguardar a defesa dos trabalhadores”. Diz que “é preciso haver uma apólice, que transmita outra garantia que não somente a palavra da presidente do conselho de administração, por muito que queiramos confiar nas suas intenções, estas coisas não funcionam assim”.

Este episódio não deixa de constituir motivo de alerta por parte de todos aqueles que exercem a sua atividade profissional no Serviço de Saúde, uma vez que se por um lado há a garantia de assistência, por outro poderão existir situações mais complexas que a existência de um seguro permitiria dar outras garantias, quer para o funcionário quer mesmo para o próprio Serviço Regional de Saúde.