‘Somos Todos Monte’ denuncia situação “preocupante’ no sítio da Corujeira

O grupo de cidadãos ‘Somos Todos Monte’ denunciou uma situação que considera preocupante na freguesia do Monte, mais precisamente no sítio da Corujeira, onde a Câmara Municipal do Funchal fez uma intervenção num curso de água que “em nada contribuiu para a segurança das populações”.

Pelo contrário, dizem, o que as chuvas do passado mês de Abril provaram é que as residências daquela zona ficaram numa situação de ainda maior risco.

“A intervenção em causa consistiu na ampliação de um curso de água, mas sem que tenham sido criadas muralhas de protecção e no escoamento através de pequenos tubos que como é natural facilmente ficam entupidos com a terra e pedras que acompanham a movimentação de água num curso de água totalmente em terra. Para tornar tudo ainda pior, a totalidade a água que circula neste curso de água acaba por desaguar na levada da Estrada da Corujeira”, diz um comunicado.

Esta intervenção, diz o ‘Somos Todos Monte’, “foi a grande causa do estado caótico em que ficou a Estrada da Corujeira nas referidas chuvas e foi também causadora de enorme sobressalto aos residentes daquela zona pois todos os becos e veredas em redor do curso de água ficaram intransitáveis e várias casas ficaram com uma enorme quantidade de água acumulada nas suas portas”.

Para o movimento, este é um daqueles casos em que todos os níveis de poder ficam irremediavelmente desacreditados, “pois se é verdade que a Câmara Municipal do Funchal tem responsabilidade sobre o mau planeamento e execução da obra, é também verdade que o Governo Regional tinha o dever de chamar a si a responsabilidade desta intervenção dada a importância e impacto para a segurança das populações. Por fim, a Junta de Freguesia que acompanhou a obra e que não foi o travão que deveria ter sido a esta situação, actuando como último defensor da população também não fica bem na fotografia”.

O Somos Todos Monte diz esperar agora que todos os responsáveis políticos cheguem a um acordo rápido sobre a melhor solução para este problema e que tão rápido como possível sejam feitas as intervenções necessárias para salvaguardar as populações e bens.