*Com Rui Marote
Após a grande noite do Mercado, eis que os quadros reais da chamada “ressaca” se multiplicam, nem sempre agradáveis para a cidade turística.
Os sem-abrigo do “hotel” Santander amanheceram com uma árvore de Natal, com bolas e umas tangerinas. Falta só o cacifo que a Câmara irá oferecer para guardar a tralha junto ao cofre nocturno.
Na zona da Sé, as festas aumentaram este ano até à placa central. Conclusão: o lixo, esse também, aumentou esta manhã, com os turistas sentados nos bancos junto à Sé a apreciar um cenário de terceiro mundo.
As mangueiras municipais jorram água, empurrando a lixeira pela via pública. Estamos à espera da estatística da Câmara da tonelagem de lixo recolhido como se fosse um troféu…
Alguém já fez a estatística de quantos litros de cerveja que foram consumidos? Quantos litros de poncha ?
O que ninguém contabiliza e divulga são quantos futuros doentes.Vamos ouvir falar que o hospital não tem medicamentos, as análises não dão para as encomendas, as consultas só para daqui a alguns meses e as intervenções cirúrgicas para o ano que vem… Enfim, os culpados são os serviços de saúde!
Onde está a prevenção? A noite do Mercado seria uma boa altura para colocar nas barracas umas tarjas com o apelo “beba com moderação”, assim como se apregoa que fumar cigarros mata.
Os comerciantes colocam a suas empregadas a varrer o espaço publico, tendo o lixo em frente dos seus estabelecimentos, adiantando-se à limpeza da Câmara.
Lembramos, por fim, que os turistas registam também estas desgraças.