João Welsh aplaude retirada do cartaz do PS-M pela APRAM

PSO empresário João Welsh concorda que a Administração de Portos (APRAM) tenha retirado o outdoor do PS-Madeira que se encontrava à entrada do Porto do Funchal.

Numa opinião partilhada, há pouco, Welsh desafiou os partidos a abandonar o “folclore mediático” à volta do ferry e a avançar com ideias concretas para a viabilização da linha.

“Apesar de reconhecer a excelente criatividade, senso de humor e oportunidade do cartaz sobre o ferry, tenho de aplaudir a correctíssima decisão da Administração dos Portos. Estes cartazes, sejam eles do PS, do PSD, CDS, JPP ou outro qualquer partido, constituem-se numa poluição visual extremamente negativa e maléfica junto dos turista e, neste caso em particular, junto dos passageiros e tripulantes dos cruzeiros”, escreveu.

Segundo João Welsh “o problema não é só este caso infeliz que despromove a promoção de cruzeiros mas a irresponsabilidade de todos os partidos políticos que mantêm durante todo ano -especialmente na zona do mercado- cartazes independentemente de ser ou não época de eleições. É a prova da irresponsabilidade dos partidos políticos mais focados nos seus interesses do que nos interesses do turismo de que tanto reclamam serem grandes defensores. São os cartazes da mais pura hipocrisia política. Os cartazes da oposição ao turismo e seus trabalhadores”.

Quanto à ligação do ferry, promessa eleitoral do PSD e reclamada também com enorme entusiasmo por todos os partidos da oposição, João Welsh considera que “seria bom deixarem-se do folclore mediático com que nos têm brindado à volta deste tema – para iludir e entreter distraídos utópicos – e explicassem de forma muito clara como vão viabilizar a linha ferry.
Ou seja:
(i) qual o montante de compensações (subsídios) necessários para incentivar os putativos interessados no desinteresse da linha??;
(ii) qual a solução para dar o necessário enquadramento legal às compensações para uma linha de passageiros e carga poder operar no Porto do Funchal – principal problema a ultrapassar e, para o qual, ainda ninguém tem solução, só promessas -;
(iii) no princípio de uma boa gestão de prioridades, num região em que os recursos não são escassos, são quase inexistentes, quais os sectores que terão de ser prejudicados a favor das compensações ao ferry?? Será a saúde, o futebol ou que outro sector?
Só para percebermos quais são as prioridades das prioridades dos partidos em vez de andarmos todos entretidos com populismos e demagogias”.