A polémica estalou na pitoresca estância balnear do Paul do Mar. Procurada anualmente por milhares e milhares de turistas e madeirenses, a conhecida rampa do Paul de acesso ao mar acaba de ser vedada ao público e, segundo relataram ao FN, por decisão da Câmara Municipal da Calheta.

O FN aguarda os esclarecimentos da Câmara, com a vereação estes dias ocupada com as festas do concelho em curso e a reunião de assembleia municipal, mas a indignação dos proprietários de estabelecimentos comerciais e residentes do Paul cresce de tom.

O FN questionou também a Junta de Freguesia local, que colaborou com os melhoramentos ao nível de pinturas, mas os esclarecimentos são remetidos para a presidência da Câmara, já que ninguém compreende bem a dimensão desta interdição ao público e os seus objetivos.

Há muito tempo que é reclamada à Câmara a realização de obras na referida rampa, por uma questão de segurança pública, numa zona amplamente procurada por multidões. Como a empreitada tarda em ser viabilizada, dados os parcos recursos financeiros das Câmaras, e a exemplo de anos anteriores, privados e Junta de Freguesia locais deitaram mãos à obra e procederam a alguns melhoramentos, como documentam as fotos.

Entretanto, os comerciantes e residentes foram informados de que a Câmara vedou o acesso público a essa mesma rampa, alegadamente por questões de segurança. Segundo alguns emigrantes que passam férias na Madeira e visitaram a zona, entre outros cidadãos, a pintura não resolveria por si só o problema de segurança. Um dado que o FN tentou confirmar junto da presidência da CMC e que aguarda resposta da parte do presidente, sendo certo, conforme nos foi dito, que “o assunto está a ser acompanhado de perto” pela autarquia.

Os empresários e população questionam-se sobre esta intervenção da Câmara e fazem questão de lembrar que o acesso à praia paradisíaca do Paul do Mar constitui a principal atração da zona. Fechá-la ao público é arruinar o verão e, a fazer as tão necessárias obras de melhoria, as mesmas deveriam acontecer antes da época estival.

Um casal que reside no Funchal e que habitualmente faz férias no Paul alertou o FN para esta problemática. Embora assumindo que há falta de informação, ambos fazem fé de que se trata de uma decisão transitória da autarquia “porque o Paul é acima de tudo mar”.

Entretanto, o FN aguarda pelos esclarecimentos da Câmara Municipal da Calheta.