O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o director-geral da Saúde, Francisco George, estiveram esta tarde nas instalações da secretaria regional dos Assuntos Sociais e Inclusão, no Funchal, onde, conjuntamente com o secretário regional da Saúde, Faria Nunes, deram conta, em conferência de imprensa, dos resultados das reuniões conjuntas.
Aparentemente, e de acordo com Faria Nunes, tudo se conjuga para que o novo hospital, uma ambição da Região, seja enquadrado como projecto de interesse comum nacional. “Esse assunto neste momento está a ser tratado nas mais altas instâncias, entre o presidente do Governo Regional e o sr. primeiro-ministro”.
O ministro, por seu turno, disse que esta é uma “visita de rotina, de trabalho, que ilustra uma prática adequada, normal, de cooperação entre o Governo da República e o Governo Regional da Madeira”.
Adalberto Fernandes sublinhou a coesão nacional e o interesse comum dos cidadãos, como mote para a celebração de um acordo entre o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra e a RAM, que permitirá a vinda à Região de profissionais nas áreas da ortopedia e da anestesiologia, principalmente, e que abrirá portas à formação de médicos madeirenses naquele Centro. Cooperação em outras áreas como partilha de sistemas de informação também ficou em aberto, referiu. Questões de saúde pública também estiveram em cima da mesa, numa reunião de trabalho que deverá ser repetida “com alguma periodicidade”, seja no Funchal, seja em Lisboa.
Questionado sobre se o Estado não poderia assumir os custos da Saúde na Região, dado o seu peso no orçamento do arquipélago, o ministro rejeitou tal ideia, dizendo que “não é o momento” e que há atribuições das autonomias regionais que estão atribuídas constitucionalmente.
Francisco George rejeitou, por seu turno, que haja preocupações sérias com o vírus Zika ou outras doenças contagiosas na Região.
“O problema representado pelo risco de importação de doenças virais também foi discutido. Mas todos nós reconhecemos que os trabalhos que decorrem têm alta qualidade, e estamos a esse nível certos de que a Madeira pode confiar na sua equipa [de saúde pública]. Que, se fosse necessário, seria reforçada”.
“Neste momento o Zika está concentrado, em termos de preocupações, na América do Sul, mais precisamente no Brasil. As autoridades da Madeira estão atentas ao trabalho que está a ser feito [a nível global]. Não há aqui necessidade de preocupação, mas de acompanhar atentamente o tema, a nível nacional, na Europa e no contexto da OMS. É o que temos feito. A Madeira tem sido sempre representada, e vai continuar a sê-lo. Numa reunião promovida pela OMS, que se realizará em Lisboa nos dias 22, 23 e 24 do corrente, a Região será também representada. Estamos a trabalhar em conjunto”, assegurou.