JPM indignada com PSD e CDS

carlos sá, ppm

Carlos Sá, presidente da Comissão Política Nacional da Juventude Popular Monárquica (JPM) do PPM, criticou hoje Assunção Cristas e Pedro Passos Coelho: “ É com indignação que vejo que a Dr.ª Assunção Cristas e o Dr. Pedro Passos Coelho nada disseram quando o Dr. Nuno Crato, Ministro da Educação do governo a que pertenceram, afirmou que era ilegal abrir contratos de associação quando não havia carência pública. Em 2015 era ilegal, em 2016 passou a ser legal?”

Confrontado com as declarações de Assunção Cristas que afirmava que a escola pública podia ceder e não abrir turmas, Carlos Sá mostrou-se incrédulo: “ São declarações inaceitáveis. A Dr.ª Assunção Cristas mostra não conhecer a Constituição. Os contratos de associação foram celebrados no sentido de fornecer a todos os estudantes uma rede de escola pública que o Estado não conseguia garantir, já que, é a isso que o Estado está obrigado pela Constituição da República. A partir do momento que o Estado consegue dar resposta pública, estes contratos deixaram de fazer qualquer sentido. Com que direito é que os nossos impostos são usados para dar lucro ao privado? Ainda há quem se afirme “social-democrata” e queira destruir a escola pública. É demonstrativo do grande desnorte em que alguns se encontram”, acusou.

Carlos Sá dá ainda um exemplo: “Um funcionário público é obrigado a descontar para a Segurança Social e pode, por opção, descontar para a ADSE, sendo, dessa forma, beneficiário da mesma. O funcionário pode recorrer ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), pois o Estado deve garantir, segunda a Constituição da República, o acesso universal e gratuito à saúde. Mas se o funcionário não quiser recorrer ao SNS, recorre à ADSE, mas paga para isso. Com a educação é a mesma coisa. Se há oferta pública, mas determinada família não quer usufruir desse serviço, paga um serviço privado. É por tudo isto que se torna incompreensível que se diga que se está a por em causa o direito de escolha. Não. O que está em causa é a canalização correcta dos nossos impostos.”

O jovem político rematou: “É assustador que se pense em colocar o ensino nas mãos dos privados. Os privados visam o lucro, o Estado não. Para além do mais, a educação, sem o mínimo controlo estatal, ficaria refém de grupos económicos. É inaceitável que se coloque os nossos alunos, e o futuro do país, nessa situação”.