Investigadores das Nações Unidas acusam o governo sírio, num relatório, de realizar uma política estatal de extermínio contra milhares de detidos, reporta a BBC.
De acordo com a corporação noticiosa estatal britânica, o regime de Bashar al-Assad cometeu crimes contra a humanidade, refere um relatório do Conselho para os Direitos Humanos da ONU.
O estudo aponta possíveis crimes de guerra tanto às forças leais ao governo como aos dissidentes. Refere que muitos detidos sofreram toda a sorte de sevícias, desde tortura e espancamentos até à morte a falta de água, comida e cuidados médicos.
A descoberta surgiu de entrevistas com centenas de testemunhas desde o período dos primeiros protestos contra o governo sério, em 2011.
Milhares de presos foram mortos pelas várias partes do conflito, refere o relatório.
Actualmente, os investigadores suspeitam que dezenas de milhar de pessoas estejam detidas pelo governo sírio. A guerra civil na Síria causou já cerca de 250 mil mortos, segundo estimativas. 4,6 milhões de pessoas fugiram do país e outros 13,5 milhões necessitam de ajuda humanitária, ainda na Síria.
Muitos prisioneiros foram enterrados em valas comuns.
Embora todas as partes sejam acusadas de violência contra os detidos, a maior parte recai sobre as forças governamentais.
Por outro lado, as forças rebeldes também matam os soldados sírios capturados.
O autoproclamado Estado Islâmico e a Frente al-Nusra estão entre estes grupos.