Uma ideia diferente do Natal

(*Com Abel Torres)

Livros

O site Ciclo Vivo, defensor de um mundo mais sustentável, realça que na Islândia, a tradição do Natal é trocar livros. Esta prática, além de evitar o consumismo exacerbado, incentiva a leitura e promove a cultura.

Conhecida também como a “Terra do Gelo”, a Islândia está localizada no hemisfério norte. No Natal faz muito frio, que é um incentivo extra para que as famílias passem a noite de Natal trocando e lendo os seus novos livros, enquanto estão aquecidos dentro das suas casas.

Mas, como a leitura é bem-vinda em qualquer época do ano, independente das condições do clima, esta é uma tradição que poderia ser replicada em qualquer lugar do mundo.. Os pontos positivos desta prática são muitos, desde a economia financeira e a sustentabilidade até a promoção de hábitos simples e prazerosos que estão cada vez mais esquecidos. O melhor de tudo é que, ao oferecer um livro, não é necessário comprar um exemplar novo. Basta escrever uma dedicatória, escolher uma edição que tem em casa ou adquirir um livro usado, e permitir que um novo leitor aproveite todo prazer que essas páginas podem proporcionar.

A leitura tem papel fundamental na cultura islandesa. Um artigo publicado pela BBC em 2013 apresentava uma pesquisa sobre a relação entre os islandeses e os livros, mostrando que uma em cada dez pessoas do país são leitores tão ávidos que acabam por se tornar escritores.

Apesar de ter uma média de apenas 329 mil habitantes, a Islândia tem uma relação tão forte com a leitura que o país possui mais leitores, mais escritores, mais livros publicados e lidos do que qualquer outro país no mundo, de acordo com a BBC.

Promover a leitura é muito simples, basta incentivá-la. Basta que a troca de livros se transforme  numa tradição apreciada e valorizada por todos.

Recorde-se que, em 2008, a Islândia precisou de recorrer ao FMI para obter financiamento, tendo sido dos primeiros países a ser alvo de um resgate devido à crise que teve início com a falência do Lehman Brothers. No entanto, a recuperação foi muito rápida. Em Agosto de 2011, a Islândia já estava a acabar o programa de ajustamento do FMI. A economia voltou a crescer logo nesse ano e o desemprego começou a cair. A moeda estabilizou, tal como a dívida.