* Com RUI MAROTE (fotos)

À vista desarmada, poderá parecer um qualquer país asiático onde a comida de rua é imagem de marca. Trata-se, porém, da placa central da Avenida Arriaga. Parte do espaço encontra-se ocupado pelos conhecidos veículos Tuk Tuk, desta feita dedicados aos comes e bebes.

Cerca de meia dúzia de veículos estacionaram nesta zona nobre da cidade, como se de tascas ambulantes se tratassem. A cena desagrada a quem passa, sobretudo devido ao funcionamento permanente das suas geradoras, numa matraca de poluição sonora que traz à memória os arraiais de outros tempos em que a eletricidade não chegava ainda a uma Madeira profunda, ou a tecnologia sucumbia às exigências de consumo de tanta “luz”.

Perante o cenário, o FN sugere a substituição dos importados Tuk Tuk pelos tabuleiros tradicionais das nossa antigas romarias. Em outras épocas, os vendedores ambulantes mercavam produtos da terra, brincos e guloseimas. Quem não se lembra dos pirolitos e colares de rebuçados?

Atualmente, a inovação e as exigências europeias de segurança alimentar trouxeram as descaraterizadas roulottes que surgem um pouco por toda a parte, rendendo à autarquia uma boa maquia só em rendas. Talvez animada pelo negócio, a CMF avança com novas licenças para venda ambulante na cidade. Resta saber se a imagem do Funchal e o conforto daqueles que nos visitam aguentam este ambiente de feira ao longo de todo o ano, para não falar do comércio tradicional que vai aguentando como pode com uma concorrência desigual.