PAN dá nota positiva à intervenção na Estrada das Ginjas

O PAN-Madeira veio dar a sua sentença à tão polémica intervenção na Estrada das Ginjas, o que demorou um pouco, depois da visita ao local. Após reflexão, o partido considera que O PAN considera que “a remoção das infestantes era necessária”. E verifica que “foram muitas mais a giesta, carqueja e acácia australiana retiradas do que os danos ocorridos nas nativas, ainda que reitere que qualquer perda das mesmas, pela sua raridade e lentidão a crescer é uma grande perda”.

O PAN diz que o problema foi criado na década de 80, na sua abertura original e questiona, efectivamente, onde esteve a consciência ambiental de todos os outros partidos que utilizam este tópico “de forma populista, imputando no PAN, eleito em Setembro do ano passado, responsabilidades ou resoluções”.

O “Pessoas, Animais, Natureza” acha ainda “curioso que, estando a ocorrer grandes limpezas de carqueja no Paul da Serra e eliminando de forma acidental também urzes e uveiras, onde está a atenção e tomada de posição dos restantes partidos?”

“Se a desculpa é que aí não é Laurissilva, então o PAN considera o sequinte: O urzal de altitude é imensamente importante e tem, no Programa do PAN, várias medidas destinados a ele próprio. Depois, se preferirem focar-se na Laurissilva, que dizer das “limpezas” feitas na estrada que liga a Ribeira da Janela ao Fanal, essa sim num centro de Laurissilva e que teve, nos últimos meses, um arboricídio tamanho e dantesco, sendo visíveis os cortes e danos em Folhados, Uveiras, Urzes, onde nem havia, praticamente, qualquer invasora?”, critica.

“A instrumentalização da Laurissilva, palavra única que alguns parecem conhecer no que à floresta madeirense diz respeito, é vil e envergonha o património natural quando utilizada de forma fácil e populista. O PAN Madeira não se foca apenas e só nesta intervenção, mas sim em tantas outras por essa Madeira fora. Como tal, o aproveitamento politico que é dado a esta esta intervenção por parte de outros partidos políticos não é mais do que apenas demagogia”, continua o PAN nas suas acusações.

Quanto à estrada das Ginjas, o partido diz que qualquer via aberta no meio da floresta é uma potencial entrada para infestantes e, feito qualquer caminho, é dada a sentença de controlo e limpeza eterna de infestantes, sendo um processo sem fim.

O problema prende-se, precisamente, com a manutenção demasiado amiúde e espaçada no tempo, tornando o problema da sua eliminação bastante mais complicada quando, por exemplo, as giestas crescem muito mais rápido tapando, efectivamente, várias das plantas nativas que foram plantadas, e bem, à berma da estrada.

Tivesse o PAN mais força e poder, o Partido teria feito a limpeza de forma mais cirúrgica, com uma equipa de avanço a sinalizar e a limpar manualmente as áreas mais complicadas, percebendo que uma actividade em 8km de estrada é difícil e complicada, garante.

“Em suma, o processo é difícil e como tal seriam necessários bastante mais meios financeiros e de pessoal para a manutenção frequente deste e de vários PRs, também eles infestados de plantas exóticas, medidas essas, precisamente, que o PAN defende no seu Programa Eleitoral”, conclui o partido.