A CDU levou a cabo esta terça-feira, dia 19 de Setembro, uma iniciativa no Largo dos Varadouros, no Funchal, nas “Portas da Cidade”, com os candidatos Ricardo Lume e Edgar Silva.
Edgar Silva disse que “em prejuízo dos trabalhadores desta Região, a Madeira é “estatisticamente” rica, mas tem as maiores assimetrias sociais do País”.
Afirmando que “esta é uma das mais profundas causas estruturais dos abismos sociais existentes nesta Região”, o cabeça de lista da CDU referiu que “o PIB “per-capita” aponta para uma riqueza criada que não corresponde ao progresso das condições de vida dos trabalhadores. É caso para dizer que, em termos de distribuição da riqueza criada, como cantou Zeca Afonso, “… eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada…”. Os trabalhadores não podem resignar-se a uma injustiça tão gritante”, denunciou.
Já o candidato Ricardo Lume declarou que “os trabalhadores precisam de reforçar a sua força e a sua voz na Assembleia Regional. Os trabalhadores da Região reconhecem que quando é preciso lutar pela melhoria das condições de vida é com a CDU que podem contar (…)”
Segundo afirma Lume, “quem explora os trabalhadores e o povo, os senhores dos grandes grupos económicos, os Sousas, os Pestanas, os Farinhas e Agrela, os Trindades, esses vão votar PSD/CDS, e PS, e em outros partidos que pretendem manter os interesses instalados. A questão que está colocada é em quem é que vão votar os trabalhadores e a generalidade do povo que, cada dia que passa, experimentam mais dificuldades na sua vida”.
De acordo com Edgar Silva, “esta Região é, cada vez mais, “estatisticamente” rica devido a ter cada vez mais exploração, cada vez mais trabalhadores precários. É por isso que a desigualdade tem aumentado. Os 5% mais ricos desta terra tinham, há dez anos, um rendimento igual a 56% da população mais pobre. Hoje, essa desigualdade aumentou ainda mais. 58% da riqueza criada nesta Região está nas mãos dos 5% mais ricos”. Ao que sublinhou Edgar Silva, “os trabalhadores não podem ignorar a clamorosa injustiça desta desigualdade na Madeira”.