O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, disse aos jornalistas que “pediu à Padroeira da Madeira”, Nossa Senhora do Monte, para que tudo “continue como está”. Porque, do seu ponto de vista, tudo está bem.
O chefe do executivo madeirense esteve na manhã desta terça-feira nas celebrações em honra de Nossa Senhora do Monte, e na missa presidida por D. Nuno Brás, bispo do Funchal. E posteriormente, disse aos jornalistas: “Faço sempre questão
de estar presente nesta celebração (..), para pedir a bênção sobre o nosso povo e, neste ano especial, pedir-lhe que tudo continue como está até agora, com prosperidade, com desenvolvimento económico e taxa residual de desemprego”.
Respondendo às questões dos jornalistas sobre a variedade de listas apresentadas às eleições regionais, Albuquerque declarou que o nosso sistema eleitoral “tem um conjunto de partidos que não existem. Existem para determinadas criaturas aparecerem na altura eleitoral, porque são partidos sem base ideológica, nem consistência (…)”, servindo apenas para alimentar “determinados egos”.
Referindo-se a queixas que alguns partidos da oposição têm feito junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE), acusou a CDU, em particular, de ser “um partido totalitário, marxista-leninista”, que está habituado a ouvir uma única voz.
Os partidos que suportaram “a geringonça”, e que agora “perderam toda a sua base eleitoral”, têm a ideia, afiançou, de “fazerem agora todos os dias uma queixa contra o candidato do PSD, ou contra o presidente do Governo”. Tudo para “tentar condicionar” a livre expressão, acusou. “Vou continuar a dizer aquilo que entendo (…) e se pensam que me vão intimidar, fazendo queixas todos os dias, estão muito enganados (…)”.
Falando sobre os problemas de falta de água, sobretudo na Ponta do Sol, mas também em Santa Cruz, Miguel Albuquerque criticou as edilidades, em especial a “dessa senhora”, Célia Pessegueiro, que, acusou, não investiu na manutenção e renovação da rede, tendo agora “as infraestruturas rotas” e perdendo água, e querendo agora imputar ao Governo Regional a culpa.
Após a missa houve a tradicional procissão no Monte.