Para o PTP, o secretário de educação tem razão, a inspecção tem sido excessivamente colaborativa no arquivamento de processos de directores e ex-directores antidemocráticos e que não respeitaram os direitos dos professores, muitos deles tendo de recorrer a ajuda médica, “a alunos que foram aliciados e alguns abusados durante duas décadas numa escola pública com diversas denúncias arquivadas pela inspecção escolar colaborativa, com uma escola hoteleira que mais parece um mercado negro de exploração estudantil”, acusam os trabalhistas.
Para os mesmos, Jorge Carvalho deveria envergonhar-se da inspecção escolar que tem, nomeadamente pelos actos e omissões que a sua tutela tem tido ao longo deste período que tem desempenhado funções.
“Tal como o senhor secretário omitiu ao longo de tantos anos comportamentos ditatoriais de directores escolares, omitiu coordenadores de curso pedófilos e abusadores, tal como permite agressões dos professores aos alunos, aos pontapés na sala de aula, que têm a lata de em reuniões com os pais e com a presença do próprio presidente do conservatório de dizer que quem não ouve a bem ouve a mal, um secretário que quase proíbe a manifestação, demitir-se era pouco. Devia fechar a boca e nunca mais intervir publicamente e políticamente nas áreas de educação”, sentencia o PTP.
Finalmente, os trabalhistas dizem não poderem também esquecer a violência no desporto entre adolescentes e jovens nas várias modalidades especialmente no futebol, “uma vergonha o que se passa nos recintos desportivos aos fins de semana, violência envolvendo também alguns professores destacados nos clubes que incentivam esses comportamentos, isto tudo sob as barbas de um secretário regional que tem deixado andar e que por vezes bloqueia a inspecção escolar (…)”. mas que “hoje vem defender a mesma quando não tem sido actuante como devia”.